domingo, 11 de setembro de 2016

MAN-JOÃO-GOME

Esta plantinha que está em primeiro plano, nós chamamos em Capistrano e região de "MAN-JOÃO- GOME". Foi assim que minha mãe me ensinou. Tem muito em beira de rio, riachos etc. Ela é comestível, hoje, por exemplo coloquei no feijão. Na Amazônia ela faz parte da culinária. Quando estive em Belém vi ser vendida em feiras livres. O mesmo acontece em Recife. Aqui em Fortaleza tem bastante, pode ter no seu jardim. Se encontrar um pezinho cuide dele e passe a usá-lo em sua culinária. É bem macia, parece couve.
Ela tem uma variedade imensa de nomes. Vejam aí:


Nomes populares: Maria-gorda, Maria-Gomes, erva-gorda, beldroega-grande, beldroega-miúda, bredo, bredo-major-gomes, bunda-mole, carirú, carne-gorda, (falso)carurú, fura-tacho, inhá-gome, joão-gomes, joão-gordo, labrobró, labrobró-de-jardim, major-gomes, maria-bombi, maria-gombe, maria-gombi, maria-gomes, maria-gorda, maria-mole, mata-calos, ora-pro-nobis-miúdo, piolhinha, quebra-tigela, espinafre de Ceilao espinafre do Suriname, espinafre de Java, língua-de-vaca, manjogome, bêção-de-Deus, beldoegra francesa, Talina de Panama, Grand pourprier, Talina de Java, Onze heures , Ceylon spinach, Fameflower, , Fame flower, Jewels of Opar, Pink baby’s breath, Philippine spinach, Potherb fameflower, Surinam purslane, Sweetheart, Waterleaf, Surinaamse postelein, Surinaamse postelijn, Ceylonspinat, Javaspinat, Basella di giava, Spinacio di giava, Spinacio di Suriname, Krokot belanda, Poslen, Tu ren shen, Espinaca de Java, Espinaca de Surinam, Verdolaga francesa, Som chin, Som kaoli, Som khon, Som thai, Rama del sapo.
Família: Portulacaceae
Descrição : Planta da família das Portulacaceaae, erva ereta, folhas alternas, elípticas, carnosas e glabas, flores amarelas ou róseas, anteras amarelas, dispostas em panículas, fruto cápsula deiscente e rais tuberosa. Atinge 30 centímetros de altura. Apresenta raiz carnosa e suculenta. As folhas são opostas, pecioladas, bem carnosas e suculentas, de bordo liso. O fruto é uma cápsula globosa e pequena, contendo sementes. Reproduz-se por sementes, de preferência em solos úmidos, sombrios e com matéria orgânica, crescendo espontaneamente em todo o Brasil, principalmente em pomares, cafezais, beira de matas e terrenos baldios. É uma planta invasora. A colheita ocorre a qualquer época do ano.
História: É usado pela população cabocla e rural, inclusive como alimento nutritivo.
Alimento nutritivo : Lave muito bem as folhas frescas, enxugue e fatie. Tempere com azeite, sal e limão, três colheres se sopa de folhas frescas fatiadas. Coma antes das principais refeições.
Fonte: http://dreamgarden3.blogspot.com.br/…/maria-gorda-beldroega… - Acesso em 11/09/2016.

terça-feira, 5 de julho de 2016

CARTA ABERTA À COMUNIDADE UECENA SOBRE A GREVE DOS PROFESSORES


Caros colegas professores,
Caros estudantes,
Caros servidores adeministrativos,

PAZ E BEM!

É com sinceridade que me dirijo aos ologas professores, servidores e estudantes da UECE, para manifestar, com mais vagar e de forma pensada, minha posição sobre a greve atual, que passo a descrever:

1. Sempre fui a favor da luta dos professores, estudantes e funcionários, em relação às melhorias para a nossa querida universidade. Esta luta deve ser permanente, para a sustentabilidade desta instituição;

2. No presente momento, a grosso modo, a luta tem a segunte pauta: pela nomeação dos professores, pelo concurso para funcionários, pela ampliação das faculdades de Crateus e de Itapipoca, pela conclusão da obra de reestruturação dos campi do Itaperi e do CH-Fátima, pela construção dos RUs da FECLESC e FAFIDAM, pelo reajuste de nosso salários, pela inflação acumulada, detre outras igualmente importantes.

3. È uma pauta justa, necessária, legítima e que deve receber o apoio de todos os que fazem a UECE e da sociedade cearense. Todas as conquistas que tivemos até hoje na UECE foram fruto de muitas lutas. Nossa experiência na FECLESC foi marcada por isto. Para citar apenas um exemplo, conseguimos um terreno com a prefeitura de Quixadá e iniciamos, com muitos obstáculos, a construção da residência universitária da FECLESC; construímos a primeira ala, pois são duas alas na planta inicial, depois reformada na gestão da profa. Fátima Leitão. É pouco, mas foi a única do gênero constrruída pela UECE e por lá passaram muits alunos alguns dos quais são hoje profissionais e até professor da UECE, como é o exemplo do prof. João Álcimo Viana, ex-diretor do Cetitec-Tauá, e atual secretário de Educação daquele município. Participamos da maior luta que tivemos no passado pela nomeção dos professores concursados para as unidades do interior de 1983 a 1986, e por aí vai.

4. Atualmente estamos nesta luta, justa e legítima, como falei, mas na minha opinião com uma estratégia que está prejudicando e muito, nossos alunos da graduação, como é o caso da greve. A greve é o maior instrumento de luta da classe trabalhadora. Mas no caso de uma instituição de ensino público, a sua repetição constante e a sua prorrogação indeterminada, como está agora, com 60 dias de paralização, está prejudica, não o governo, mas os nossos alunos, a comunidades estudantil da grraduação, pois a pós graduação não parou, nem nesta nem nas greves anteriores. Então estamos prejudicando a parte mais fraca, neste jogo, nesta luta, os nossos alunos, razão pela qual existimos.

5. Devemos parar de lutar? Não. A luta deve continuar, mas com outras estratégias, de tal forma que dê visibilidade a opinião pública sobre a situação da UECE, denunciando o descaso do governo em relação à nossa universidade, mas sem um ônus tão pesado para o nosso alunado, como tem ocorrido nos últimos tempos e está a ocorrer neste momento.

6. Para mim, como já manifestei na greve anterior, a consulta para resultar na greve, não deveria ser somente a assembleia, esta é importante e deve ser a primeira instância deliberativa, mas respaldada por um plebiscito, por um referendum dos professores. Deveríamos aperfeiçoar nossos mecanismos de deflagração de greve com esta alternativa, tão decantada pelos que defendem a democracia na política governamental e que poderia ser exercida, experimentada no meio acadêmico. Que tal?

Isto posto, quero manifestar a minha proposta de pormos fim a esta greve de 60 dias, voltarmos ao trabalho e redefinirmos nossas estratégias para continuarmos lutando.

É nossa opinião, salvo melhor juízo. Peço a compresnção desde já, aos que pensam diferente, reivindicando, neste caso, o direito de opinião.

Fortaleza, 05 de julho de 2016

Prof. francisco Artur Pinheiro Alves - Curso de História CH

CARTA ABERTA À COMUNIDADE UECENA SOBRE A GREVE DOS PROFESSORES


Caros colegas professores,
Caros estudantes,
Caros servidores adeministrativos,

PAZ E BEM!

É com sinceridade que me dirijo aos ologas professores, servidores e estudantes da UECE, para manifestar, com mais vagar e de forma pensada, minha posição sobre a greve atual, que passo a descrever:

1. Sempre fui a favor da luta dos professores, estudantes e funcionários, em relação às melhorias para a nossa querida universidade. Esta luta deve ser permanente, para a sustentabilidade desta instituição;

2. No presente momento, a grosso modo, a luta tem a segunte pauta: pela nomeação dos professores, pelo concurso para funcionários, pela ampliação das faculdades de Crateus e de Itapipoca, pela conclusão da obra de reestruturação dos campi do Itaperi e do CH-Fátima, pela construção dos RUs da FECLESC e FAFIDAM, pelo reajuste de nosso salários, pela inflação acumulada, detre outras igualmente importantes.

3. È uma pauta justa, necessária, legítima e que deve receber o apoio de todos os que fazem a UECE e da sociedade cearense. Todas as conquistas que tivemos até hoje na UECE foram fruto de muitas lutas. Nossa experiência na FECLESC foi marcada por isto. Para citar apenas um exemplo, conseguimos um terreno com a prefeitura de Quixadá e iniciamos, com muitos obstáculos, a construção da residência universitária da FECLESC; construímos a primeira ala, pois são duas alas na planta inicial, depois reformada na gestão da profa. Fátima Leitão. É pouco, mas foi a única do gênero constrruída pela UECE e por lá passaram muits alunos alguns dos quais são hoje profissionais e até professor da UECE, como é o exemplo do prof. João Álcimo Viana, ex-diretor do Cetitec-Tauá, e atual secretário de Educação daquele município. Participamos da maior luta que tivemos no passado pela nomeção dos professores concursados para as unidades do interior de 1983 a 1986, e por aí vai.

4. Atualmente estamos nesta luta, justa e legítima, como falei, mas na minha opinião com uma estratégia que está prejudicando e muito, nossos alunos da graduação, como é o caso da greve. A greve é o maior instrumento de luta da classe trabalhadora. Mas no caso de uma instituição de ensino público, a sua repetição constante e a sua prorrogação indeterminada, como está agora, com 60 dias de paralização, está prejudica, não o governo, mas os nossos alunos, a comunidades estudantil da grraduação, pois a pós graduação não parou, nem nesta nem nas greves anteriores. Então estamos prejudicando a parte mais fraca, neste jogo, nesta luta, os nossos alunos, razão pela qual existimos.

5. Devemos parar de lutar? Não. A luta deve continuar, mas com outras estratégias, de tal forma que dê visibilidade a opinião pública sobre a situação da UECE, denunciando o descaso do governo em relação à nossa universidade, mas sem um ônus tão pesado para o nosso alunado, como tem ocorrido nos últimos tempos e está a ocorrer neste momento.

6. Para mim, como já manifestei na greve anterior, a consulta para resultar na greve, não deveria ser somente a assembleia, esta é importante e deve ser a primeira instância deliberativa, mas respaldada por um plebiscito, por um referendum dos professores. Deveríamos aperfeiçoar nossos mecanismos de deflagração de greve com esta alternativa, tão decantada pelos que defendem a democracia na política governamental e que poderia ser exercida, experimentada no meio acadêmico. Que tal?

Isto posto, quero manifestar a minha proposta de pormos fim a esta greve de 60 dias, voltarmos ao trabalho e redefinirmos nossas estratégias para continuarmos lutando.

É nossa opinião, salvo melhor juízo. Peço a compresnção desde já, aos que pensam diferente, reivindicando, neste caso, o direito de opinião.

Fortaleza, 05 de julho de 2016
Prof. francisco Artur Pinheiro Alves - Curso de História CH

domingo, 28 de fevereiro de 2016

REFORNA DA UECE E COM APROVEITAMENTO DA ENERGIA SOLAR


Prof. Francisco Artur Pinheiro Alves
Curso de História da UECE
artur.pinheiro@uece.br

Na semana que passou foi anunciada, pela reitoria da UECE, a assinatura de uma ordem de serviço para reforma do campus do Itaperi e do campus de Fátima, sede do Centro de Humanidades. Sem dúvida uma boa notícia. Esta reforma é resultante de uma luta histórica, empreendida inicialmente pelos professores, depois aderida por funcionários e estudantes que, inclusive entraram em greve e que culminou com uma negociação com o governador Camilo Santana, onde vários pontos da pauta de luta, como concurso, plano da cargo dos professores, bolsas para estudantes e um investimento em todos os campi da UECE, foi conseguido e agora se materializa no Itaperi e em Fátima.
Com esta reforma, onde as salas de aula serão climatizadas, haverá um aumento substancial do consumo de energia elétrica, fato que ocorre sempre que se tem um progresso, em instalações e em equipamentos.
 Diante desta realidade, a UECE e o governo do estado, deveriam pensar doravante, em agregar a cada reforma ou ampliação de seus equipamentos, uma bateria de energia solar. Todos sabemos que a energia solar é de fácil captação, principalmente no Nordeste e particularmente no Ceará.  Uma política de inclusão de energia solar  em prédios púbicos, como os da UECE, além de baratear o custeio da máquina pública, é também uma atitude pedagógica no uso de energias alternativas e limpas.

Fica portando a ideia para ser analisada e discutida pela universidade, sobretudo através de seus técnicos e engenheiros, como também pelos excelentes professores das áreas que estudam este tema como é o caso dos colegas da Física e da Geografia. É um dos  temas que,  deve  fazer parte do debate entre os candidatos a reitor e diretores de centro e faculdades da UECE, no processo eleitoral para escolhas destes cargos que acontece neste primeiro semestre.

BREVE HISTÓRICO DA PROFESSORA LOURDENISE PINHEIRO ALVES


Francisco Artur Pinheiro Alves*

Lourdenise Pinheiro Alves, nasceu na localidade de Coité, hoje Aratuba, onde teve ao   lado da antiga matriz, no dia 08 de junho de 1918, hoje com 98 anos. Filha de Firmino  Simplício Pinheiro e Irene  Lopes Pinheiro. Foi alfabetizada e estudou até a 3ª Série primária, com a professora Maria Júlia Barros ( Nenem), sua tia avó.
Casou com Raimundo Alves da Silva, filho de  Pedro e Raquel Alves. O casamento       aconteceu na matriz de Aratuba, no ano de 1939. Foi morar no distrito Capistrano  na     localidade de  São João, hoje Carqueija dos Alves. Sua casa ficava em frente a capela de São João ao lado da casa de Pedro Alves. Com  expriência da vida comunitária na Igreja de Aratuba, passou a organizar as festividades religiosas da capela da comunidade.       Organizou novenas, coroações, recepções ao bispo, como foi o caso da visita de Dom Antônio de Almeida Lustosa que por duas vezes visitou todas as capelas da região. Teve 12 filhos, 8 homens e 4 mulheres, tendo criado 10, pois morre um casal na infância. Foram eles:
Raimundo Nonato Pinheiro Alves
Pedro Jorge  Pinheiro Alves
Lúcia de Jesus Pinheiro Alves
João César Pinheiro Alves
Domingos Sávio Pinheiro Alves – Sassá
João Vianei Pinheiro Alves
Maria Goreti Pinheiro Alves – de saudosa memória
Francisco Artur Pinheiro Alves
José Hélder Pinheiro Alves
Irene Raquel Pinheiro Alves
Na década de 1940, seu pai Firmino, foi embora para Fortaleza e lá conseguiu a sua de  nomeação para professora auxiliar, o que aconteceu após uma prova de seleção.   Passou a lecionar e dirigir a escola, na sua própria casa. Muitos foram os alunos neste período tais como: Antônio Custódio, ex-prefeito de Capistrano, João Rabelo (Pistola)     Manoel Rufino, Maninho Anjo, Narcisio Saraiva, Vanda Saraiva, Fátima Mateus, Cleide Santos Custódio, Maria Suzete Santos, (Maete), Luzia Prudêncio (Luzia do Sebastião Chicute), Rita Alves, dentre outros  e todos os seus filhos.
Foi contemporânea das professoras Zenor Mesquita e Raimunda (Mudinha) Saraiva, ambas   suas comadres,  que foram as primeiras professoras da região do grande  Pesqueiro e tinham uma  afeição mútua. Com a reunificação das escolas isoladas, em 1965, foi a   primeira diretora da   Escolas Reunidas de Carqueija, na Diocese – Carqueija São Pedro. Naquela comunidade foi  eleita presidente do Clube de Mães Dona Francisca Delgado, projeto da Arquidiocese de       Fortaleza, dirigido pelo Dr. Raimundo Holanda Farias. Em 1970 mudou-se para Capistrano,   onde lecionou no Grupo  Escolar Coronel Francisco Nunes, à época dirigido pela professora Terezinha Lima Freitas. Em 1973 foi transferida para Fortaleza, lotada na Escola Estado do Maranhão, no bairro Mondubim,  onde se aposentou.
Nos últimos anos tem se dedicado a escrever poemas. Publicou três livros, dos quais destaca-se o Bolo da Amizade, que será oferecido aos senhores vereadores, carinhosamente. Também é exímia bordadeira utilizando a técnica do CROCHÊ, onde faz  roupinhas para as suas netas e bisnetas, além de fazer peças para realizar rifas em benefício da construção da capela de   Nossa Senhora da Conceição em seu bairro, Conjunto Martim Soares Moreno.
*Com participação de Pedro Jorge Pinheiro Alves


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO


A imprensa internacional destacou o encontro histórico do papa Francisco com o líder da Igreja Ortodoxa Russa , patriarca Cirilo, nesta sexta fira dia 12 em Cuba. O papa Francisco, que em 2015 havia se encontro com o patriarca de Constantinopla, comemorando os 50 anos do encontro entre este e Paulo VI em Jerusalém, agora vai mais além, inicia um diálogo importante com a maior das igrejas ortodoxas, a da Rússia, que há mais de mil anos não se aproximava da Igreja de Roma.
A meta de Francisco é unir os cristãos, iniciando este percurso com as próprias igrejas católicas, a Latina sob sua liderança e as ortodoxas, sob a liderança de cada patriarcado. Depois partir para outras religiões, ampliando o diálogo inter-religioso no mundo inteiro, na busca da paz. É um gesto grandioso deste papa e certamente contagiará os demais líderes, sejam cristãos, judeus ou mulçumanos,  para citar as três grandes religiões monoteístas.
O exemplo do papa Francisco deve ser seguido por muitos e a Igreja Católica do Brasil está neste caminho, quando realiza uma campanha da fraternidade de forma ecumênica, unindo importantes religiões em torno de um tema do interesse do povo brasileiro, como é o caso do saneamento básico, tema da Campanha Fraternidade deste ano.
Por outro lado a Igreja Católica tem um débito histórico que mais cedo ou mais tarde deverá incluir em sua pauta, o diálogo com a igreja cismática do Brasil. Aqui também tivemos um cisma em 1945, liderado por Dom Carlos Duarte Costa, ex-bispo de Botucatu e ex- bispo de Maura, que se tornou bispo do Rio de Janeiro da Igreja Católica e Apostólica Brasileira – ICAB.
A ICAB tem uma experiência muito rica e que influenciou a própria Igreja Católica. Quando a missa era rezada em latim a ICAB iniciou as celebração em Português, decisão tomada pela Igreja Católica quase 20 anos depois. A ICAB já celebra casamento de divorciados, tema presente no sínodo dos bispos da Igreja Católica, ano passado; a ICAB tem a experiência dos padres casados, assunto ainda não tocado pela Igreja Católica, mas sonhado por muitos fiés, como é o caso dos padres casados  católicos.
No ano da Misericórdia e diante do grande objetivo do papa Francisco de promover  o amplo diálogo inter-religioso, seria muito bem vinda a abertura de um diálogo entre  a ICAR e a ICAB. Oxalá que isso venha a acontecer em breve.
Francisco Artur Pinheiro Alves
Professor da UECE


CONSIDERAÇÕES SOBRE MINHA PRÉ-CANDIDATURA A DIRETOR DO CH-UECE

CARTA ABERTA À COMUNIDADE ACADÊMICA DO CENTRO DE HUMANIDADE DA UECE
CARO(A)S COLEGAS PROFESSORES E PROFESSRAS, ESTUDANTES, FUNCIONÁRIO(A)S DOS CURSOS: História, Filosofia, Música, Letras, Ciências Sociais e Psicologia do CH Campus de Fátima e do Itaperi.
Saudações ueceanas.
Sou Francisco Artur Pinheiro Alves, professor do Curso de História da UECE, com  a seguinte trajetória na universidade e na educação do Ceará:
Aluno do Curso de História,  1979.1 a 1982.2
Aluno do Curso  de Pós Graduação latu-sensu ( o primeiro na área, no CH, organizado pelo professor Dr. Francisco José Loyola Rodrigues), Metodologia da Pesquisa Histórica e Sociológica, em 1985
Fui admitido por concurso público  para o Curso de História da  então UECE-Quixadá d pois FECLESC em 1996  (concurso de 1983)
Vice diretor da FECLESC  DE 1989 A 1992 E DIRETOR DE 1992 A 1996
Membro Efetivo do Conselho Diretor da FUNECE na gestão Paulo Petrola
Prefeito da UECE em 1996 – Gestão do prof. Manassés Fonteles
Transferido de Quixadá em 2001 lecionei, até hoje, nos seguintes cursos:  História, Pedagogia, Filosofia Serviço Social e Ciências  Sociais.
Coordenador do Curso de História de 2011 a 2013 e 2013 a 2015.
Formação acadêmica:
Minha formação acadêmica é a seguinte: Licenciado em História pela UECE, com pós- graduação latu sensu em Metodologia da Pesquisa Histórica e Sociológica pela UECE e Gestão e Liderança Universitária pela OUI, MESTRE EM Educação pela UFC e doutro em Educação pela Universidad Autónoma de Asunción- PY (curso ainda não validado). Tenho ainda dois cursos relevantes, o da Escola de Governantes-CE e o de Gestão Avançada pelo Amanna Key- SP.
Outras experiências administrativas na educação:
Paralelamente a estas atividades na UECE, fui diretor da CREDE 12 – Quixadá e Secretário de Educação nos seguintes municípios: Maranguape, Capistrano (minha cidade natal) e Horizonte, mas nunca me afastei da atividade docente.
Meu propósito:
É com esta experiência, que estou pensando em me colocar à disposição da comunidade acadêmica do Centro de Humanidades para concorrer ao cargo de diretor nas próximas eleições.
Tenho acompanhado as discussões, os debates, as divergências que tem ocorrido em torno da direção de nosso centro, às vezes muito acaloradas, com picos de tensão e, diante deste quadro, do conhecimento de todos, quero me apresentar com uma proposta de diálogo permanente, ininterrupto, sincero, respeitoso, cordial; com vistas a construção de uma paz duradoura que proporcione prazer em desenvolvermos nossas atividades administrativas e acadêmicas no interior do nosso centro, fluindo para as nossas relações com as demais unidades da UECE e com a sociedade.
Este é o percurso que queremos percorrer, tendo como bússola a máxima de Gandy de que a paz é o caminho. Gandy  não renunciou à luta, mas a fez de forma pacífica; não reagiu à violência, com violência, mas de forma pacífica, desconstruindo, em todos os aspectos o método violento, agressor, explorador, dominador de seus colonizadores conquistando a liberdade para o seu país.
Nós não estamos em guerra, nós só temos ideias diferentes, nosso desafio é construirmos um caminho em que não negamos nossas diferenças, pelo contrário, valorizamos o pluralismo de nossas ideias, ao tempo em que respeitando este pluralismo, construiremos a unidade. Ou seja, é a construção da unidade na diversidade, como disse um filósofo.
Como isso é possível? Dialogando. O diálogo vai ser nosso método de governança. Moacir Gadoti,  discute isso em um livro da década de 1980, que ficou na minha memória. A ideia é ouvirmos o outro, mas sermos ouvidos também, sem que um queira eliminar o outro.
Então, estas são as premissas básicas de minha candidatura e elas serão colocadas á prova, desde a pré-campanha, que estou abrindo com esta epístola, se estenderá pela campanha e, se eleito, se fortalecerá na gestão. No debate que se seguirá a esta missiva, discutiremos a formação da chapa, uma vez que a legislação exige o registro de uma chapa e não de candidaturas avulsas e um programa mínimo para o CH 2016-2020.
Lembrando que a eleição para a direção de centros e faculdades é após a eleição de reitor, que, na minha opinião, já deveria está sendo discutida na UECE, mas nada escuto falar sobre ela. Então estamos nos antecipando, mas é bom, quanto mais discussão melhor, que iniciativa seja um incentivo à abertura da discussão em torno da sucessão reitoral, igualmente relevante para todos nós da UECE.
Fico á disposição para OUVIR a todos e a todas, no momento nosso diálogo será por e-mail,  e outros meios eletrônicos, por telefone, nas conversas no dia a dia na universidade, nos corredores, em todos os lugares que nos encontrarmos, depois  abriremos outros canais mais efetivos  e igualmente adequados de discussão e debates. “Alea jacta est”.
Fortaleza, 13 de fevereiro de 2016
Prof. ARTUR PINHEIRO

Nossos contatos:
*Celular: 98853 0277,

Face: Artur Pinheiro Pinheiro

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

IMPEACHMENT NÃO É GOLPE


Francisco Artur Pinheiro Alves (artur.pinheiro@uece.br)

O impeachment da presidente Dilma Roussef solicitado  pelos renomados  juristas Miguel Reale Júnior, Juliana Pascoal e Hélio Bicudo, com farta documentação e que teve a sua tramitação aceita pela Câmara dos Deputados, não se constitui em golpe, como afirmam os integrantes do governo e seus  apoiadores. O processo de impeachment está respaldado pela lei Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950 e referendado pela Constituição Federal de 1988. Tanto é assim que o STF ao analisar o pedido de suspensão do processo de impeachment feito pelo PC do B, confirmou a sua legalidade, não sendo esta questionada por nenhum juiz daquela corte suprema. Se tivesse a característica  de um golpe caberia ao STF denunciá-lo, antes mesmo do questionamento ter sido aceito pela corte.

O julgamento do STF, portanto,  garantiu a legalidade do impeachment, dando-lhe um rito, que queiramos ou não, deve ser seguindo pelas duas casas do Congresso Nacional. Assim, ficou claro que não se trata de golpe, mas de julgamento político, semelhante ao que ocorre no Parlamentarismo, quando o primeiro ministro perde o apoio do parlamento, seu governo cai e são realizadas novas eleições.

O problema no Brasil é a forte tradição imperial da presidência da república, herdada da Constituição imperial outorgada por D. Pedro I em 1824. Ou seja, o regime monárquico foi extinto, mas a cultura imperial permaneceu, fazendo do presidente um “imperador” eleito com tempo de mandato determinado e mais recentemente, para piorar, com direito a reeleição. Nesta condição a remoção do cargo, constitucionalmente pelo processo de impeachment, é algo muito difícil de ocorrer.

No caso presente, passadas as festas de ano novo e do carnaval, a nação deverá voltar a debater o processo de impeachment da presidente da República, agora respaldado pelo STF, o que garante a sua legalidade e legitimidade. Cabendo aos que são a favor e aos que são contra, demonstrarem sua força, primeiro na Câmara Federal e se aprovado naquela instância, manterem-na ou não no Senado da República. Ganhará este julgamento político e constitucional quem tiver mais votos. Vamos aguardar.

 



CÍRIO DE NAZARÉ DE CAPISTRANO

CÍRIO DE NAZARÉ DE CAPISTRANO
Prof. Dr. FRANCISCO ARTUR PINHEIRO ALVES
Artur.pinheiro@uece.br

O Círio de Nazaré de Capistrano de 2015, (29/08 a 08/09) está sendo muito movimentado e participativo. As celebrações eucarísticas terão a participação dos bispos diocesanosde Quixadá, DOM ÂNGELO PIGNOLE, titular da diocese e de  DOM ADÉLIO TOMAZIN bispo emérito.  A coordenação geral do Círio é do padre Valdenor Cesário, pároco local e do padre José Maria Loiola, seu assistente. Também participarão das celebrações os padres Francisco Eudásio Nobre ex-vigário da paróquia, José Maria, vigário emérito de Aratuba, município vizinho e do padre Giovane Saraiva, capistranense, atualmente na paróquia de Santo Afonso de Fortaleza.
O Evento será prestigiado pelas autoridades municipais, prefeito, vice-prefeito, ex-prefeitos, vereadores, dentre outras. As escolas municipais e a escola estadual de ensino médio, tiverão participação no dia 7 de setembro, com o desfile cívico sendo integrado á programação do CÍRIO DE Nazaré.
Também acontecerá a já tradicional CAVALGADA do CÍRIO DE NAZARÉ, do centro da cidade para a localidade de Carqueija e a corrida rustica, com vária modalidades organizada pelo sr. José Renato Cavalcante, há anos.
É tradicional a instalação de barracas ao longo das ruas do centro, onde se vedem todos os tipos de mercadorias, desde alimentação até utensílios domésticos, roupas, calçados etc. É neste setor que o evento se torna ecumênico, pois participam desta grande feira ao ar livre, feirantes de toda a região com forte presença de evangélicos, que mesmo não professando a fé católica, tem todo respeito aos festejos e participam com muita satisfação e entusiasmo.
O Círio de Nazaré de Capistrano, agregado aos festejos da padroeira do município, é um momento de reencontro de muitos capistraneses com a sua cidade. Marca também a integração entre os diversos municípios da região, com participação de fieis das duas dioceses, Quixadá, e Fortaleza.
A programação, como sempre se inicia com a grande carreata no dia 29 de agosto com muitos carros e motos, que invadiu toda a cidade, seguida do hasteamento da bandeira da paróquia.
Todos os dias, a partir das 4:30 da manhã, o sino da Igreja Matriz toca, é ummomento de integração comunitária, quando  a santa peregrina vai a um bairro da cidade, em caminhada e no final, organiza-se um café da manhã onde os fieis daquele bairro se confraternizam. Todas as noites acontece a celebração eucarística, sempre concelebrada com dois ou mais padres.
No dia 8 de setembro  pela amanhã, por ocasião da celebração da missa da natividade de Maria, acontecerá também a bênção da corda do Círio e da berlinda que conduzirá a imagem de Nossa Senhora. É neste momento que a imagem receberá a manta que a revestirá para a procissão do Círio.
Ainda no dia 8 e encerrando as festividades, acontecerá  a grande PROCISSÃO do CÍRIO DE NAZARÉ, com um grande cortejo de fiéis que a acompanham segurando na corda que tem mais de 100 metros de comprimento. Ao final da procissão, à 7 da noite, será concelebrada a missa campal, presidida por Dom ÂNGELO PIGNOLE, bispo da diocese de Quixadá com a participação de vários padres presentes.

Quem  não puder ir ao CIRIO DE NAZARÉ em Belém, em outubro, venha para Capistrano, pois aqui também tem CÍRIO. Todos estão convidados.

FIM DO CELIBATO OBRIGATÓRIO


Prof. Dr. FRANCISCO ARTUR PINHEIRO ALVES
Artur.pinheiro@uece.br

 

Na Igreja cristã primitiva e no seu primeiro milênio, o celibato presbiteral, dos padres, era opcional. Ao recrutar seus discípulos e apóstolos, Jesus não fez restrição quanto ao que nós chamamos hoje de estado civil. Foram escolhidos homens casados e solteiros. Pedro, tido pela Igreja Católica como primeiro papa, era casado, a maior prova disso está no Evangelho, quando relata que Jesus curou a sogra de Pedro (Mateus 8:14,15). Isto por si só põe abaixo toda a justificativa da necessidade de se exigir o celibato para ser presbítero. Mas temos outros exemplos bíblicos, com nas cartas de São Paulo a Tito e a Timóteo, onde ele afirma categoricamente que o bispo deve ser “casado com uma só mulher” (Tito1:6) e  Timóteo 3:1-7).

A quebra na tradição dos padres serem casados aconteceu, definitivamente, no Concílio de Trento (1545 – 1563), dentro do clima da reação católica à Reforma Protestante. Portanto foi uma decisão que foi tomada dentro de um contexto histórico que é completamente diferente do vivenciado hoje pela igreja após o Concílio Vaticano II.

No Brasil houve reações individuais de membros da igreja à obrigatoriedade do celibato. No período imperial podemos registrar a reação do padre Diogo Antônio Feijó, que em 1829 fez um contundente discurso da tribuna da Câmara dos Deputados, contra o celibato e pregando inclusive a independência da Igreja no Brasil. Feijó afirma em seu discurso que a obrigatoriedade do celibato não bíblica e nem natural. Na década de 1940 outra figura do clero brasileiro se insurge contra o celibato, seguindo a teoria de Feijó, é Dom Carlos Duarte Costa, conhecido popularmente como Bispo de Maura, este foi excomungado pelo Vaticano e fundou a Igreja católica e Apostólica Brasileira-ICAB. Mais recentemente, Dom Clemente Isnard, à época  bispo emérito de Nova Fibrurgo RJ, publicou em 2003, um livro em que defende uma reforma na Igreja, na qual inclui o fim do celibato obrigatório, indo mais longe, com a possibilidade de ordenação de mulheres.

Entretanto, este tema não aparece nas discussões oficiais da Igreja, pelo menos as  de caráter publico.

Ao nosso ver um relativo número de dificuldades e problemas vivenciados pela igreja hoje, seriam reduzidos de forma substancial. Quais são estes problemas. O primeiro é o da pedofilia, que é uma espécie de fantasma que persegue a igreja. O segundo e mais importante é pra resolver a falta de padres. Esta medida recuperaria, de imediato, milhares de padres que se casaram e que estão dispostos assumir o magistério na Igreja. Outro desafio enfrentado pela igreja no Brasil e em outros países como a Alemanha, é a perda de fiéis e este fenômeno, tende a diminuir, a longo prazo, com a inserção da família na igreja, sendo o pai um padre, aquele que leva seus filhos e a esposa para a igreja, como fazem nossos irmão protestantes desde o século XVI, os padres da Igreja Ortodoxa, os padres da Igreja do Líbano, os padres da Igreja Anglicana.

Esperamos que o Papa Francisco inclua dentre suas propostas de reforma da igreja, esta que para nós, é a mais revolucionária de todas que possam acontecer neste momento.


 

DIACONATO PERMANENTE

Francisco Artur Pinheiro Alves (artur.pinheiro@uece.br)

Enquanto a Igreja Católica não se dispõe a permitir que homens casados possam ser padres, investir na formação de sagração de diáconos, seria muito positivo. Isso por que o investimento na formação de diáconos permanente é, em termos de custos, muito mais barato do que em formação de padres. Pois os candidatos ao diaconato, via de regra tem condições de investir na sua própria formação  e seu retorno é garantido uma vez que tomam esta decisão de forma madura e quando estão com suas vidas estáveis. Por outro lado, aquele que conclui a formação inicial de diácono, dificilmente via abandonar as hostes de sua ordem.
Enquanto a formação de presbíteros, por terem que ser celibatários, quando desistem deste juramento, tem que deixar a a sua função e o investimento feito por ele na igreja não alcança seu desiderato.
Não estou dizendo que não se invista na formação de padres, mas sim que o investimento em formação de diáconos, é mis barato de mais seguro. Não tenho as estatísticas da igreja, mas se tivéssemos um diácono em cada município brasileiro, teríamos 5 50 diáconos, seria um quadro significante para a igreja. Se aumentarmos esta cifra para dois por município, teríamos 11 mil diáconos. Com certeza, se cada paróquia tivesse pelo menos dois diáconos, os trabalhos pastorais seriam há muito mais bem assistidos pela igreja.

Voltando à formação, a igreja poderia montar através de suas universidades, um curso de formação para diáconos, na modalidade à distância, cabendo a cada diocese organizar os tutores presenciais nas suas dioceses e as paróquias onde deveriam fazer seus estágios. Assim teríamos um currículos com a formação em teologia, de alto nível e a prática pastoral ser acompanhada por seu bispo através de seus tutores e coordenadores de estágio.

DINHEIRO DO FUNDEF É DA EDUCAÇÃO


Prof. Dr. Francisco Artur Pinheiro Alves
Professor da UECE – (artur.pinheiro@uece.br)

Na qualidade de ex-presidente da UNDIME-CE, com a experiência que tive como Secretário de Educação dos municípios de Maranguape, Capistrano e Horizonte,  sinto-me no dever de dar o meu parecer sobre a polêmica em torno dos recursos pagos pela União aos municípios, resultado de ação judicial contra aquele ente federal,  por descumprimento da liberação dos valores do FUNDEF, à época de sua vigência.
Não há dúvidas, o dinheiro com a rubrica do FUNDEF, é da educação, em qualquer tempo e em qualquer circunstância. A lei 9424 de 24 de dezembro de 1996, sancionada pelo presidente FHC, é clara, 60% destes recursos deverão ser gastos com valorização do magistério e 40% com MDE – manutenção e desenvolvimento do ensino. Os municípios que receberam estes recursos só tem uma saída: Negociarem a forma de gastar e gastar bem, estes recursos;  com os seus professores, sindicatos, conselhos municipais de educação, conselhos do FUNDEB ( que eram conselho do FUNDEF), UNDIME – União dos Dirigentes Municipais de Educação, UNCME – União dos Conselhos municipais de Educação, TCM  e Ministério Público se for o caso.
É um momento de regozijo e não pode ser transformado em guerra entre municípios e seus professores. Pelo contrário, é hora de celebrar esta vitória histórica dos municípios, da educação e particularmente dos professores. E esta celebração  deve ser feita  proporcionando a cada professor a parte que lhe cabe,  fazendo um investimento maciço nas escolas, que na sua grande maioria está carente de recursos e as prefeituras sabem disso. Tudo isso de forma negociada e com transparência.
Por isso, quem tinha dúvida sobre este assunto, pode ficar seguro, o recurso é da educação. Isto é o que os senhores assessores jurídicos dos prefeitos e dos secretários municipais de educação devem  informar aos seus superiores. Assim estarão evitando que paguem um alto custo político junto à categoria de professores  e à sociedade e depois ainda tenham que fazer o que deveriam ter feito no primeiro momento.

 Enviado ao JORNAL O POVO, em Fortaleza,  para publicação 

Darcy Ribeiro e o FUNDEF


Prof. Dr. Francisco Artur Pinheiro Alves
(artur.pinheiro@uece.br)

O projeto que resultou na lei 9394/96, sancionada pelo presidente FHC em  20 de dezembro de 1996, é de autoria do senador Darci Ribeiro PDT-RJ. Na verdade, tratava-se de um substitutivo ao projeto do relator, no senado, o cearense Cid Sabóia de Carvalho. Já na fase final de sua vida, acometido por um câncer, o Senador Darcy Ribeiro dedicou seus últimos dias a um intenso trabalho em torno da LDB. Sua dedicação e entusiasmo em relação ao tema foram tamanhos, que a lei foi batizada de Lei Darcy Ribeiro.
.Na sequencia da aprovação da LDB, o Congresso Nacional aprovou a lei 9424/96 sancionada em 24/12/1996, que criou o FUNDEF – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, também, com a participação e o entusiasmo de Darcy Ribeiro. Por esta lei os municípios, os estados, o distrito federal e a União ficaram obrigados a gastar os recursos deste fundo da seguinte forma: 60% na valorização do magistério e 40% em manutenção e desenvolvimento do ensino – MDE.  A forma de gasto com MDE ficou definida nos artigos 70 (o que pode)  e 71 (o que não pode)  da LDB.
A falta de cumprimento dos repasses relativos ao FUNDEF, de forma integral para os municípios, pela União, gerou um déficit altíssimo nos municípios, que por via judicial estão agora recebendo este passivo.
Neste momento a imprensa está noticiando uma polêmica em torno da aplicação destes recursos. Inspirado na história e nas posições políticas de Darcy Ribeiro, que lutou até o fim de sua vida pela educação, não temos dúvida: Os recursos do FUNDEF, ontem e hoje, são destinados à educação. Se fosse vivo, acredito, esta seria a posição do grande educador, político e antropólogo, Darcy Ribeiro.
Enviado para publicação no jornal Diário do Nordeste em Fortaleza.


40 ANOS DA UECE - LITERATURA DE CORDEL - FRANCISCO ARTUR PINHEIRO ALVES

Aniversário de
40 anos da UECE

Prof. Francisco Artur Pinheiro Alves
Fortaleza, 2015
Literatura de Cordel
1
Peço a Deus inspiração
Para aqui relatar
A história da UECE
Para assim comemorar
40 anos de vida
Tendo sido promovida
A melhor do Ceará
2
Em 1975
O governo aprovou
A criação da UECE
César Cals assinou
Era março, 6 o dia
Foi um dia de alegria
O povo comemorou
3
A UECE foi criada
A partir da união
De algumas faculdades
Na cidade e no sertão
É o que vou registrar
Pra isso fui pesquisar
E trago em primeira mão
4
Passo agora a descrever
Qual foi a composição
Que formou a nossa UECE
Lá na sua fundação
Começando com a FAVET
E o curso de Administração
5
O Serviço Social também
Fez a composição
A faculdade de Filosofia
E também lá do sertão
A FAFIDAM integrou
Foi assim que começou
A nossa composição
6
Teve o conservatório
Que Faltou eu citar
Hoje é da UFC
Mas é preciso registrar
Que a UECE ele compôs
Pra UFC foi depois
Posso lhes assegurar
7
Antônio Martins Filho
Foi o  primeiro reitor
Teve a grande tarefa
De ser o organizador
De todo este processo
Muito difícil, confesso
Que na UECE resultou
8
Danísio Dalton Correia
Foi o segundo reitor
Trabalhou por 4 anos
Muita coisa organizou
Padre Luis Moreira
Ocupou então  a terceira
Gestão como reitor
9
O terceiro reitor
Cláudio Regis Quixadá
Deixou a sua marca
É preciso registrar
Foi a interiorização
Que em sua gestão
Pode então se ampliar
10
Péripedes Franklin  Chaves
Foi o próximo reitor
Fez um grande concurso
Para o nosso interior
Lutou pela autonomia
Do governo não temia
Foi um grande professor
11
Paulo Petrola veio
Para a UECE mudar
Fez concurso inaugurou
A UECE em Tauá
Contratou professores
Ampliou os doutores
Foi bom para o Ceará
12
Manassés Claudino Fonteles
Foi o grande criador
Do curso de medicina
Que tem um grande valor
Para todo o Ceará
Pra saúde melhorar
Com ciência e com labor
13
O grande Assis Araripe
Foi quem  o sucedeu
Já tinha a experiência
De vice que surpreendeu
Fez uma boa gestão
Lutou pela interiorização
Sua página escreveu
14
O prof. Jáder Onofre
Foi também  reitor
O prof. Morais era vice
Muitas lutas enfrentou
Nunes na Pós Graduação
Teve grande expansão
Foi grande este pró reitor
15
Novamente o Araripe
Assumiu a reitoria
Governava com afinco
Tinha boa assessoria
Fui eleito coordenador
No seu mandato de reitor
Digo com muita  alegria
16
 Jackson Coelho Sampaio
Fui o último a se eleger
Idelbrando é seu vice
Eles fazem por merecer
Josete éa assessora
Competente professora
O concurso vão fazer
17
Agora da estrutura
Da UECE vou falar
São 3 campi em Fortaleza
E são 10 no Ceará
Seis faculdades atuam
Dois centros continuam
Um Instituto a zelar
18
A FACEDI em Itapipoca
A FECLESC em Quixadá
A FECLI  em Iguatu
Crateús a FAEC está
Em Limoeiro a FAFIDAM
E o mais novo do divã
É o CEITECE em Tauá
19
Em Fortaleza temos
O Centro de Educação
O Centro de Humanidades
São grandes na formação
Faculdade de Veterinária
A grande intermediária
Da cidade com o sertão
20
O  CESAS é o Centro de
Estudos Sociais Aplicados
O  Centro de Ciências
da Saúde são louvados
O Centro de Ciência e Tecnologia
Todos  por analogia
Possuem os seus mestrados



21
São 18 mil alunos
77 cursos de graduação
355 de pós-graduação
Somente no latu sensu
São mais  9 doutorados
E 27 mestrados
É uma grande produção

22
São três campi na cidade
Do Itaperi vou falar
Ele é bem arborizado
Muitas aves tem por lá
Que merecem o cuidado
De um povo bem educado
Para ele preservar
23
Tem o campus de Fátima
Que é onde me formei
Lá no curso de História
Dele sempre participei
O da 25 de março
Merece o nosso abraço
Agora o registrei
24
A UECE tem prefeito
E eu já estive por lá
A prefeitura da UECE
É a quem cabe cuidar
De todo seu patrimônio
Com a equipe de campônio
Nos traz sempre bem estar





25
Temos dois sindicatos
Do SINDESP vou falar
Ele foi o pioneiro
E continua a lutar
Pelo piso salarial
Com vitória nacional
Só falta mesmo implantar

26
Com o passar dos anos
O SINDUECE surgiu
Liderou várias greves
E assim logo emergiu
Os servidores criaram
O SINESC  e lutaram
E vitórias garantiu
27
Os estudantes estão
Muito bem  organizados
Eles tem os CAs
E estão bem preparados
Tem o DCE também
Eles nunca dizem amém
São bastante engajados
28
Nos seus 40 anos
Queremos então louvar
A todos que fazem a UECE
E ajudaram a conquistar
O que hoje é a UECE
Pois cada um merece
Nossa gratidão levar
29
Por isso nossa homenagem
A você que é servidor
Em qualquer posto que esteja
E também ao professor
Fomos nós que construímos
Por isso nós insistimos
Da UECE tem valor
30
Parabéns a UECE
Aos nossos alunos também
Aos seus pais e a todos
Que com a UECE  mantém
Qualquer uma relação
Falamos de coração
Queremos o vosso bem
31
Ao povo do Ceará
Quero aqui agradecer
Por manter a nossa UECE
E vê-la florescer
Ser uma universidade
Que com muita acuidade
Faz o Ceará crescer.

32
Que Deus abençoe a UECE
E  muito mais anos lhe dê
Que seja pra lá de mil
Para ela florescer
No campo da ciência
Em toda a sua abrangência
E sem parar de crescer













A Universidade Estadual do Ceará celebra os 40 anos de existência e seu Jubileu de Rubi como a primeira universidade pública estadual do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e a oitava do Brasil, segundo o Ranking Universitário da Folha (RUF).

Ao longo de suas quatro décadas, a Uece hoje conta com seis unidades no Interior: Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (Fafidam), em Limoeiro do Norte; Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu (Fecli); Faculdade de Educação de Itapipoca (Facedi); Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (Feclesc), em Quixadá; Centro de Educação, Ciências e Tecnologia da Região dos Inhamuns (Cecitec), em Tauá, e Faculdade de Educação de Crateús (Faec).

A Universidade dispõe ainda da Fazenda de Experimentação Agropecuária Dr. Esaú Fradique Accyoli de Vasconcelos, em Guaiuba, e do Campus de Educação Ecológica em Pacoti, além de três campi em Fortaleza – Itaperi, Fátima e 25 de Março.

São 18.499 alunos nos seus 77 cursos de Graduação, sendo 11.037 em Fortaleza, 4.279 nas unidades do Interior, 2.917 nos Cursos a Distância, 122 na Licenciatura Intercultural dos Povos Indígenas, 50 na Licenciatura em Educação para o Campo, 36 no Programa de Formação de Professores e 58 no Pronera. Possui 100 laboratórios, devidamente institucionalizados, distribuídos por Centros e Faculdades da Capital e do Interior do estado, além de mais de 160 grupos de pesquisa, cadastrados no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A Pós-Graduação oferece nove doutorados, 18 mestrados acadêmicos e nove mestrados profissionais. Com relação ao lato sensu, são 355 cursos presenciais de aperfeiçoamento/especialização, duas residências multiprofissionais e cinco à distância, dos quais 53 presenciais e uma residência multiprofissional em saúde em funcionamento.

Ao longo de seus 40 anos, a Uece já diplomou, em nível de graduação quase 60.000  profissionais nas diversas áreas do conhecimento, contribuindo para o Estado do Ceará no seu desenvolvimento econômico, humano e social.