quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

DINHEIRO DO FUNDEF É DA EDUCAÇÃO


Prof. Dr. Francisco Artur Pinheiro Alves
Professor da UECE – (artur.pinheiro@uece.br)

Na qualidade de ex-presidente da UNDIME-CE, com a experiência que tive como Secretário de Educação dos municípios de Maranguape, Capistrano e Horizonte,  sinto-me no dever de dar o meu parecer sobre a polêmica em torno dos recursos pagos pela União aos municípios, resultado de ação judicial contra aquele ente federal,  por descumprimento da liberação dos valores do FUNDEF, à época de sua vigência.
Não há dúvidas, o dinheiro com a rubrica do FUNDEF, é da educação, em qualquer tempo e em qualquer circunstância. A lei 9424 de 24 de dezembro de 1996, sancionada pelo presidente FHC, é clara, 60% destes recursos deverão ser gastos com valorização do magistério e 40% com MDE – manutenção e desenvolvimento do ensino. Os municípios que receberam estes recursos só tem uma saída: Negociarem a forma de gastar e gastar bem, estes recursos;  com os seus professores, sindicatos, conselhos municipais de educação, conselhos do FUNDEB ( que eram conselho do FUNDEF), UNDIME – União dos Dirigentes Municipais de Educação, UNCME – União dos Conselhos municipais de Educação, TCM  e Ministério Público se for o caso.
É um momento de regozijo e não pode ser transformado em guerra entre municípios e seus professores. Pelo contrário, é hora de celebrar esta vitória histórica dos municípios, da educação e particularmente dos professores. E esta celebração  deve ser feita  proporcionando a cada professor a parte que lhe cabe,  fazendo um investimento maciço nas escolas, que na sua grande maioria está carente de recursos e as prefeituras sabem disso. Tudo isso de forma negociada e com transparência.
Por isso, quem tinha dúvida sobre este assunto, pode ficar seguro, o recurso é da educação. Isto é o que os senhores assessores jurídicos dos prefeitos e dos secretários municipais de educação devem  informar aos seus superiores. Assim estarão evitando que paguem um alto custo político junto à categoria de professores  e à sociedade e depois ainda tenham que fazer o que deveriam ter feito no primeiro momento.

 Enviado ao JORNAL O POVO, em Fortaleza,  para publicação 

Nenhum comentário:

Postar um comentário