domingo, 4 de novembro de 2012
CONTRA O CELIBATO OBRIGATÓRIO - publicado originalmente no Jornal Rumos
Sabe-se que a obrigatoriedade
do celibato não remonta
à fundação da Igreja por Jesus.
O próprio Pedro tido como
primeiro bispo da Igreja Romana,
era casado, pois o Evangelho narra
a cura de sua sogra por Jesus
(Lc 4.38). Ora se Pedro tinha uma
sogra, era por ser casado. Jesus
não impôs o celibato para os apóstolos,
se o fizesse estava contrariando
uma tradição no judaísmo
onde os sacerdotes eram casados.
João Batista era filho de um sacerdote,
Zacarias, que era casado com
Isabel (Lc.1.5). Por outro lado, São
Paulo na Carta a Tito, recomenda
que o bispo deve ser casado com
uma só mulher, não ser chegado
ao vinho e ter bons filhos (Tt.1:6).
Portanto não há justificativa bíblica
nem para a manutenção da obrigatoriedade
do celibato.
Na História da Igreja no Brasil
registram-se, pelo menos, dois importantes
momentos de luta contra
o celibato: Um liderado pelo
Padre Diogo Antonio Feijó em
1828, quando proferiu, na Câmara
dos Deputados, importante discurso
condenando o celibato obrigatório
e provando que o mesmo nãoera bíblico e sim anti-natural. Feijó,
como se sabe tinha mulher e filhos,
a Igreja Católica tolerava esta situação,
por força do Beneplácito e
Padroado, sistema incluso na
Constituição de 1824 que permitia
a indicação de cargos eclesiásticos
pelo Imperador.
O outro momento foi na década
de 1940 quando o bispo Dom Carlos
Duarte Costa, ex-bispo de Botucatu,
SP e bispo titular de Maura
(Mauritânia) à época, defendeu a
extinção do celibato obrigatório na
Igreja, dentre outras mudanças. As
divergências entre o prelado e o
Papa Pio XII culminou com a sua
excomunhão. Indiferente ao ato papal,
dom Carlos fundou a Igreja Católica
Apostólica Brasileira - ICAB,
tendo sido eleito bispo do Rio de
Janeiro e presidente da mesma. Na
Igreja por ele fundada o celibato não
é obrigatório.
Mais recentemente uma outra
autoridade da Igreja no Brasil se
manifestou contra o Celibato obrigatório
e pela ordenação de mulheres,
foi dom Clemente Isnard,
bispo emérito de Nova Friburgo-
RJ. Em seu livro: Reflexões de um
Bispo Sobre as Instituições Eclesiásticas Eclesiásticas
Atuais, ele diz textualmente:
"A Igreja faz atualmente
um esforço tão grande para abrir
e manter seminários com resultados
por vezes decepcionantes.
Por que tantos seminaristas deixam
o seminário antes da ordenação?
Não poucos por causa do
celibato". O celibato deveria ser
opcional e não obrigatório.
A maior mudança que a Igreja
Católica poderia fazer, neste momento,
seria abolir a obrigatoriedade
do celibato. A convivência entre
padres casados e celibatários,
seria uma riqueza para a igreja e a
revitalizaria. Os padres casados levariam
seus filhos suas famílias
para a Igreja, haveria uma integração
maior entre família e igreja e
isso a fortaleceria.
O IBGE está fazendo previsão
de que a partir da década de 30
deste século, o Brasil deixará de ser
um país de maioria católica, passando
os evangélicos a serem maioria.
Uma das inúmeras explicações
do avanço do número de evangélicos
é, na minha modesta opinião,
o fato do presbítero, o pastor, ser
casado e levar consigo toda a sua
família para a igreja. A família participa naturalmente, do dia da igreja.
O presbítero, sendo casado,
conhece os problemas da família e
do matrimonio e a partir de sua vivência,
orienta os seus fiéis.
Não se trata de abolir o celibato,
mas de deixá-lo opcional.
Aqueles que tiverem vocação
para a ordem, sendo casados ou
solteiros puderem realizar-se
como discípulos de Cristo, como
Ele o fez com os seus apóstolos.
Oxalá que a Igreja um dia se sensibilize
com esta causa.
Francisco Artur Pinheiro Alves
Professor do curso de
História da Universidade Estadual
do Ceará e doutor em Educação
pela Universid Autónoma de
Asunción - Py.
Fonte:
http://www.padrescasados.org/wp-content/uploads/2012/10/Jornal-Rumos-227.pdf
Acessado em 04/11/2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
DERROTA DO PT EM FORTALEZA
A derrota do PT em Fortaleza, paradoxalmente, se deu pela ação da mesma personagem responsável pela sua ascenção ao poder na cidade, a prefeita Luiziane Lins. A prefeita que foi ousada em 2004 colocando sua candidatura contra tudo e contra todos e tendo um sucesso inesperado, tentou a mesma fórmula em 2012, mas o cenário era outro e ela não percebeu.
Tivesse o PT indicado o deputado Federal Artur Bruno para ser o candidato, com certeza não teria amargado a derrota. Primeiro porque Bruno poderia ter e com certeza teria o apoio do PSB de CID Gomes, evitando de cara a disputa contra o aliado de então. Mas a prefeita "bateu o pé", impôs um candidato, que ela mesmo preconizou com a alcunha de "um poste" e se deu mal.
Podem ser relacionados diversos outras causas da derrota do PT, inclusive de que houve compra de votos e outras acusações, mas na raiz do problema está a decisão, ao meu ver equivocada do partido, sob a direção da prefeita de eleger uma pessoa desconhecida para prefeito.
Fica a reflexão, para ela e para seu partido e para as lideranças políticas em geral: uma decisão errada pode prejudicar o partido no curso de sua trajetória rumo ao poder. Deve-se pensar, ponderar e sobretudo realizar um diálogo franco dentro da legenda para que a vitória ou a derrota seja de todos.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Trabalho em grupo: No Ceará, o governo do Estado e as prefeituras superaram as diferenças políticas e aprenderam a trabalhar em conjunto para melhorar as escolas municipais. O resultado é uma lição pura o Brasil Camila Guimarães - REVISTA ÉOPOCA 22/10/2012
A cearense Mayra Alves da Silva é uma garota de 14 anos apaixonada por livros. Lê dois títulos por mês. Diz que seu preferido é Romeu e Julieta, de William Shakespeare. Duas vezes por semana, fora do horário de aula, ela vai à biblioteca da escola ler para turmas de crianças mais novas. “A leitura mudou minha vida”, diz. Filha de agricultores e aluna da rede municipal de Horizonte, interior do Estado, frequenta um clube de leitura promovido pela escola, situada no distrito de Queimadas, região mais pobre do município. “Antes do clube, não tinha interesse por nada relacionado à escola. Agora consigo entender melhor o que vem escrito nas lições e minhas notas melhoraram.” O caso de Mayra e seus livros não é exceção em sua escola, nem em sua cidade e nem sequer em seu Estado. A ideia de que o domínio da leitura pelo aluno a partir dos 7 anos de idade é condição para que ele tenha sucesso em toda a sua trajetória escolar esta disseminada pelas 184 redes de ensino municipais do Ceará. Faz parte de uma política publica de cooperação entre Estado e municípios adotada pelo Leara, que comera a tei resultados concretos. Ü Ceará leve o maior avanço na qualidade da educação entre todos os Estados brasileiros nos últimos anos. O índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) cearense passou de 3,2, em 2005, para 4,9, em 2011. Apesar de ainda estar abaixo da média brasileira (5 pontos), o resultado de 2011 é o maior do Nordeste e equivalente ao de Estados mais ricos do Sul e do Sudeste, como Rio de Janeiro e Espírito Santo.
O ponto de partida da virada no Ceará foi o Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic), adotado pela Secretaria Estadual de Educação como política pública em 2007.0 Paic estabeleceu como prioridade a alfabetização de todos os alunos das escolas públicas até os 7 anos de idade (2fi ano do ensino fundamental). O argumento é que, se a criança tem o domínio da leitura e da escrita até essa idade, ela terá mais chances de se sair bem em sua jornada escolar. Nenhuma revolução pedagógica até aqui. A questão da “idade certa” é até polêmica. Muitos especialistas discordam que a alfabetização deva ser feita nesse período. O que realmente fez diferença foi a parceria inédita entre Estado e municípios. “Trabalhar em cooperação cria condições mais igualitárias de oferta do ensino”, diz Sandra Zakia, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).
Há uma divisão territorial entre as redes municipais e estaduais em todo o Brasil. As cidades são as responsáveis pela educação do ensino fundamental, desde a alfabetização até o 9L> ano. Os Estados, pelo ensino médio e, em alguns casos, pelos últimos anos do fundamental. Para que a melhora da educação aconteça de forma generalizada - e não pontualmente, em um ou outro município -, é preciso que medidas e ações sejam tomadas em grupo, colaborativamente. Esse é um princípio previsto na Constituição. Na prática, raríssimo. O que acaba acontecendo é uma disputa entre Estados e municípios pelo repasse de verbas federais.
É por isso que o Ceará é considerado pioneiro e pode servir de exemplo para o resto do país. Ao tornar a alfabetização uma prioridade do Estado, a Secretaria de Educação se colocou como corresponsável pelo aprendizado dos alunos das redes municipais. Com o cuidado de não se impor às prefeituras. “Somos seus parceiros, não seus superiores”, diz Maria Izolda de Arruda Coelho, secretária de Educação do Ceará. Todos os 184 municípios adotaram o regime de colaboração.
Como articulador do programa, o Estado não só estabeleceu o objetivo comum para todas as escolas municipais, mas também determinou como chegar lá. O modelo de gestão do aprendizado nos primeiros anos escolares foi elaborado pela secretaria estadual, que também assumiu a produção e o financiamento do material didático e o treinamento dos professores, coordenadores e diretores locais. Cabe ainda ao Estado avaliar os resultados do programa.
Ao final de cada ano letivo, o governo aplica uma prova a todos os alunos de 2a ano para medir suas habilidades em leitura e escrita. “A grande vantagem do programa é ser uma política pública clara, bem definida, concreta”, afirma Ocimar Alavarse, da Faculdade de Educação da USP.
Para garantir a execução desse modelo de gestão em cada localidade, a secretaria estadual precisou se reestruturar. Criou um departamento para cuidar só do Paic. A Coordenado-ria de Cooperação dos Municípios é o nível mais alto da hierarquia da secretaria, depois do gabinete. Ela orquestra o trabalho de profissionais exclusivos do Paic dentro de cada coordenadoria regional (por sua vez, responsável por um grupo de prefeituras). Dentro dos municípios, o Estado paga e treina um grupo de funcionários da rede local para garantir a aplicação do programa na ponta: as escolas. Há reuniões periódicas entre essas equipes para corrigir falhas de execução.
O esforço deu certo. Em 2004,39% dos alunos de 7 anos eram analfabetos. Um terço deles lia com dificuldade e sem compreensão total da mensagem do texto. Apenas 15% eram considerados leitores hábeis, capazes de compreender um texto. Em 2011, 66% das crianças estão na última categoria.
Os números ruins da alfabetização no Ceará em 2004 estimularam o projeto-piloto do programa. Ele funcionou entre 2005 e 2006 em 56 municípios. Foi inspirado na experiência de Sobral, cidade do interior do Estado, que conseguira um avanço no aprendizado com as mesmas medidas adotadas posteriormente pelo Paic.
Há um fator decisivo para o sucesso do Ceará: continuidade da política educacional. O mesmo grupo político comanda o Estado desde 2006. Mesmo assim, a adesão das prefeituras acontece independente dos partidos. Maria Izolda conta que, nas eleições municipais de 2008, houve um momento de apreensão. “Muitas prefeituras mudaram. Havia um receio de que o novo prefeito desfizesse o acordo firmado pelo anterior.” Não houve desistências. “De alguma forma se disseminou pelo Estado a ideia de que a educação tem importância estratégica que está acima da política”, afirma Maria de Salete Silva, coordenadora de Educação do Unicef no Brasil. O Unicef, assim como outras instituições e o governo federal, ajudou a elaborar e a montar o Paic.
Há um incentivo extra: o governo do Ceará mudou o critério para o repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado para os municípios. Agora, por lei, recebe mais dinheiro o município que apresentar as melhores taxas de alfabetização. O cuidado tomado pelo Estado para não favorecer um ou outro município é reconhecido pelos prefeitos. E o apoio na parte técnica é bem-vindo. “A ajuda para melhorar a capacidade de gestão dos diretores escolares foi fundamental para melhorar o resultado das escolas”, afirma Isaac Gomes da Silva Júnior, prefeito de Mauriti, a 491 quilômetros de Fortaleza.
Ainda há muito a fazer no Ceará. Apesar da melhora, existem quase 10 mil crianças não alfabetizadas ou com alfabetização incompleta no Estado. A condição socioeconômica desses alunos é uma barreira para dar educação de qualidade de forma justa para todos. Esse obstáculo ainda não foi vencido, mas a estratégia para chegar lá parece estar correta.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
CONVITE FESTEJOS DE SÃO JOÃO BATISTA EM CARQUEJA MUNICÍPIO DE CAPISTRANO - CE
A comunidade de São João em Capistrano, convida a todos os amigos e amigas para as festividades alusivas ao novenário de São joão Batista que acontecem ca capela do mesmo santo, desde 1933. Esta tradição foi inicada por Pedro Alves da Silva eRaquel Alves da Silva e se mantem até hoje. O novenário se inicia dia 14 e termina dia 24 com missa solene. Durante o período acontecem caminhadas todas as mnhãs e diariamente as visitas ao Horto de São joão Batista, na serra em frente a Capela, uma iniciativa do ECOMUSEU RAIMUNDO ALVES DA SILVA que dispõe também, de uma pequena coleção de imagens impressas de São João Batista.
Por último solicitamos colaboração para a festa e para a construção da nova capela da comunidade, posta que a existente não comporta mais os fiéis. Para esta colaboração procurar o Prof. Pedro Jorge ou sua esposa Ana Maria no telefone 85 - 3326 1347 (quando estiverem lá) ou por este endereço elletrônico
IV SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL EM BRASÍLIA
Estamos participando do V SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL EM BRASÍLIA. Tivemos vários debates. Hoje o seminário foi encerrado pelo antropólogo CARLOS RODRIGUES BRANDÃO, que fez uma referência aos grupos de Cultura Popular de 1963. Também registro o encontro do Prof. Nonato Pinheiro com Brandão. Brandão falou de uma escola com foco na espiritualidade sem a competitividade que contamina a sociedade e traz tanta violência. Fez elogios ao projeto mais educação e estimulou a integração entre a cultura e a educação. Referiu-se a vários poetas colocando a poesia e a arte no mesmo patamar da ciência. Amanhã será ado continuidade ao seminário té à 17 horas.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
OLÍMPIO NOGUEIRA, ESCOLA NOTA 10
Pela segunda vez consecutiva a ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL OLÍMPIO NOGUEIRA, consegue o título de escola NOTA 10 do governo do Estado do Ceará. Significa que todas as crianças da segunda série estão sabendo ler e escrever, no nível desejável. Significa também que todos compareceram à prova do PAIC. Isto tudo aconteceu graças ao trabalho de suas professoras e o apoio de toda a comunidade esclar.
A escola Olímpio Nogueira está situada em uma comunidade quilombola, no município de Horizonte e é uma das 150 escolas melhores do Ceará. No passado ela recebeu a visita do diretor mundial dop UNICEF, ANTHONY LEYKE.
PARABÉNS OLÍMPIO NOGUEIRA, PARABÉNS DISTRITO DE QUIMADAS, PARABÉNS HORIZONTE, parabéns prefeito NEZINHO.
TRÊS ANOS E 5 MESES DE ESCOLA FECHADA
É importante registrar, a ESCOLA PEDRO ALVES DA SILVA, na nocalidade de Carqueja dos Alves, que na gestão do prefeito José Renato foi reformada e reativada, foi fechada em janeiro de 2009, início da atual gestão. A escola ofereica educação infantil, pela manhã e EJA à noite. Hoje as crianças vão para a escola em outra comunidade em um paude-arara. Fazem 3 anos e 5 meses.
domingo, 6 de maio de 2012
Intolerancia Religiosa
No século XIX um bispo em Barcelona queimou as obras de Alan Kardec: O Evangelho Segundo o Espiritismo, o Livro dos Espíritos e outros. Isso aconteceu na praça em frente a linda Catedral de Barcelona. Como o Espiritismo é uma religião pacífica e era minoria, nunca houve protestos assim. O tempo passou, hoje a Igreja Católica, muito criticada, inclusive por protestantes, que os considerava hereges, mantém uma boa relação de respeito com as religiões. E agora o que se ver são pastores protestantes que estão incitando a violência entre as religiões. Aqui no Brasil, um tempo destes, um quebrou uma imagem de Nossa Senhora na televisão. Onde estes líderes querem chegar?
Isso nunca foi cristão. Jesus manda que amemos até os nossos inimigos. Se devemos amar a todos, inclusive os nossos inimigos, porque este pastor, que conhece muito bem o Evangelho, falta com respeito ao livro sagrado dos nossos irmãos mulçumanos? Esta atitude do Pastor americano é insana, é provocativa. Ele age como algumas autoridades da Igreja Católica da Idade Média. Ele não percebe que é fruto de uma ruptura dentro da Igreja, provocada por alguém, como Lutero, que condenava posições como a sua, que se chamou de Reforma Protestante.
Percebo atitudes como a deste pastor, daquele que quebrou a imagem de Nossa Senhora e de muitos líderes religiosos cristãos, católicos e evangélicos de hoje que só querem saber do dinheiro dos seus fiéis, como atitudes da Igreja pré-reformista, da Igreja medieval.
Uma das coisas que mais Lutero foi contra, eram as indulgências prometidas pelo Papa. O que as Igrejas estão fazendo hoje, na ânsia de arrancar dinheiro de seus fiéis ou simples assistentes, é igual ou pior. Eles prometem tudo, não por Jesus, mas pelo dinheiro. Tem deles que prometem inscrever o contribuinte em livros de diferentes graus: Os que derem mais em um livro de ouro, os que derem medianamente no livro de prata e os que menos derem no livro de bronze. Isso a partir de quantias de R$100,00, abaixo de cem não dá direito a inscrição no “livro sagrado”, no “livro dos milagres”. Quer dizer, isso é pior que as indulgências que Lutero foi contra e depois a própria Igreja aboliu.
Então a atitude do pastor americano talvez tenha este objetivo de angariar mais fiéis para aumentar o seu rebanho de doadores, na disputa interna das lideranças religiosas dos Estados Unidos. No caso presente, os Estados Unidos deveriam punir o seu cidadão por intolerância religiosa, deve haver leis lá relacionadas a isso. È o mínimos que se deve fazer com alguém que de visão tão obtusa e de uma capacidade de incitar o ódio tão precisa. Este pastor age como alguém que desconhece o Evangelho de Jesus Cristo, a Boa Nova, que diz; ”Eu vos deixo a Paz, eu vos dou a minha paz”.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
DOM CLEMENTE ISNARD
Artigo publicado no JORNAL O POVO no dia 17/12/2011
Morreu dia 24 de agosto (2011), em Recife (PE), o bispo emérito de Nova Friburgo (RJ), e ex-vice-presidente da CNBB, dom Clemente José Carlos Isnard, de 94 anos. Dom Clemente teve uma parada respiratória, enquanto fazia fisioterapia. O sepultamente de seu corpo ocorreu no dia 25, no Mosteiro de São Bento de Olinda. Dom Clemente nasceu no Rio de Janeiro em 8 de julho de 1917 e pertencia à Ordem de São Bento (beneditino). Recebeu a ordenação presbiteral em dezembro de 1942. Em 25 de julho de 1960, foi ordenado bispo para a diocese de Nova Friburgo, onde esteve até ficar emérito em 1992. A partir desta data, tornou-se vigário geral da diocese de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro até o ano de 2004. Dom Clemente tinha como lema episcopal “Seguindo a Ti como pastor”. Exerceu inúmeras atividades, tendo destacada atuação no Concílio Ecumênico Vaticano II em relação à liturgia. Foi membro do Conselho Federal de Cultura (1961), do Conselho Estadual de Educação (1961-1964) e do Conselho para Execução da Constituição de Liturgia (1964-1969). Foi, ainda, Secretário Nacional de Liturgia (1964); Membro da Comissão Episcopal Pastoral da CNBB; Vice-presidente da CNBB (1979-1982); presidente do Departamento de Liturgia do Celam (1979-1982); 2º Vice-presidente do Celam (1983-1987); membro da Congregação para o Culto Divino; membro do 1º Sínodo dos Bispos em 1967.
Dom Clemente participou também das Conferências do Episcopado Latino-americano de Puebla (1979) e Santo Domingo (1992). (nota da CNBB) Dom Clemente Isnard foi destaque na mídia após a publicação do livro: Reflexões de um Bispo sobre as instituições eclesiásticas atuais, editora Olho d’água. O livro, um opúsculo, ia ser publicado por uma editora católica, mas foi proibida a sua publicação por todas as editoras católicas do pais, pelo papa Bento XVI, demonstrando o grau de centralização e intolerância ainda existente na hierarquia da Igreja. Mas o que diz neste livro de tão grave que mereceu tamanha atenção do papa e a sua rejeição? O livro simplesmente fala daquilo que muitos religiosos, religiosas e leigos gostariam de falar, mas que dito por um bispo tem mais repercussão. Nele o bispo se manifesta contra a obrigatoriedade do celibato para os padres, se diz favorável a ordenação de mulheres e critica a forma atual de escolha dos bispos, centralizada na nunciatura apostólica.
Sobre a obrigatoriedade do celibato, adotado pela Igreja Católica Apostólica Romana no ano de 1074, pelo papa Gregório VII, é uma questão polêmica desde a sua instituição. Muitos católicos já se manifestaram contra, dentre eles, no Brasil, podemos citar o Padre Diogo Antonio Feijó, que em 1829, na qualidade de Deputado fez um amplo discurso na Câmara dos Deputados, criticando o celibato. Naquele tempo no Brasil, muitos padres tinham mulher e filhos e eram protegidos pelo acordo celebrado entre o império do Brasil e a Santa Sé,o que impedia que Roma impusesse sanções aqueles que descumprisse o celibato, o que só poderia acontecer com a aprovação do Imperador. Feijó era um destes.
Já no período republicano, mais precisamente na década de 1940 o ex-bispo de Botucatu SP e fundador da Igreja Católica Brasileira, dom Carlos Duarte da Costa, também se insurgiu contra o celibato, após a sua excomunhão pelo papa Pio XII, criou a Igreja Católica Apostólica Brasileira e permitiu, que os padres e bispos de sua recém criada igreja pudessem casar, o que ocorre até hoje
Dom Clemente Isnard foi a única autoridade da Igreja, nos últimos anos a se manifestar publicamente sobre esta questão, alinhando-se a todos que se opuseram à obrigatoriedade do celibato em toda a história da Igreja, mas sem romper com ela, apenas para contribuir com o debate entre os católicos, cumprindo a sua missão de pastor.
Sobre a ordenação de mulheres, apesar de dizer que não está muito seguro desta posição, mas faz uma reflexão bastante favorável e afirma não ver problema em a igreja adotar esta atitude, pelo contrário iria contribuir com ampliação do número de sacerdotes e consequentemente com a expansão da evangelização.
Quanto à escolha dos bispos ele sugere a participação popular na escolha dos bispos e sugere também que o processo fique a cargo da CNBB e não da nunciatura apostólica, como ocorre atualmente.
O livro faz uma crítica ao modelo de centralização adotado pelos dos Papas João Paulo II e Bento XVI, que segundo ele estão se afastando do que foi definido pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.
Dom Isnard foi feliz em ter abordado estes temas ainda em vida para que nós católicos possamos ter uma referência interna, de dentro da hierarquia, sobre estas questões. Louve-se a Dom Isnard, que dedicou sua vida a Jesus Cristo, na Igreja, como monge e como bispo e pela sua atitude destemida de debater temas que ainda são tabus para muitos católicos.
DOM LUSTOSA NA CARQUEJA DOS ALVES
Na década de 1940, Dom Antonio de Almeida Lustosa se hospedou por duas vezes nesta casa, tendo dormido neste quarto. Na primeira visita pastoral esta localidade ainda pertencia à paróquia de Aratuba, na segunda visita pastoral foi criada a paróquia de N. Senhora de Nazaré em Capistrano.
Dom Antônio de Almeida nasceu na cidade de São João Del Rei (MG) no dia 11 de fevereiro de 1986. Foi ordenado padre pela Congregação Salesiana a 28 de janeiro de 1912, e foi o décimo filho do casal João Batista Pimentel Lustosa e D. Delfina. Frequentou o Colégio Dom Bosco em Cachoeira do Campo em Minas.
Sagrou-se bispo de Uberaba, Diocese do Triangulo Mineiro. Após administrar a Diocese de Corunbá – Mato Grosso e Belém do Pará, foi transferido para Fortaleza onde assumiu a Arquidiocese em 5 de novembro de 1941 e permaneceu até 29 de maio 1963. Fonte: Blog Eliomar de Lima
PREFÁCIO DO MEU PRÓXIMO LIVRO, SOBRE A EXPERIENCIA DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO EM CARQUEJA CAPISTRANO NA DÉCADA DE 1960*
PREFÁCIO
Os anos da década de 1960, foram ricos em acontecimentos históricos para o Brasil e para o mundo. Mudanças substanciais ocorreram naquela década, algumas boas, como o Concílio Vaticano II, outras nem tanto, como é o caso da implantação da ditadura militar no Brasil.
Foi pensando em registrar uma pequena, mas valiosa, experiência de movimento comunitário liderado pela Igreja Católica na época, que resolvemos, em 1994 pesquisar sobre o que ocorreu na localidade de Carqueija, município de Capistrano, em uma propriedade da Igreja Católica, à época vinculado à Arquidiocese de Fortaleza.
Temos naquele cenário uma experiência rica de movimentos comunitários rurais, que embora dirigidos pela Igreja e com o apoio do Estado, foram desenvolvidos com ampla participação popular. Era um conjunto de ações envolvendo famílias de trabalhadores rurais, com atividades para homens, mulheres e crianças. Iam desde a oferta de escola regular, à escola noturna, sindicalismo, cooperativismo dentre outros.
É preciso ler o trabalho dentro do contexto da época, mas mesmo assim a sua leitura pode nos ajudar a compreender o percurso histórico dos movimentos comunitários rurais da atualidade.
Foi em um momento de transição, pois a Igreja que vinha em uma franca participação do movimento popular, sobretudo na Educação de Adultos, tendo instituído o MEB – Movimento de Educação de Base, desde o início da década, teve também de se adaptar ao regime militar que se instalou abruptamente e continuar a sua caminhada. Tanto é assim que em Carqueija ainda funcionou a escola radiofônica do MEB, que anos depois vinha a ser gradativamente desativada por conta de incompatibilidade com o regime ditatorial.
Mas o projeto de Carqueija foi além das escolas radiofônicas, foi um movimento de desenvolvimento comunitário. Teve experiências de organização da juventude, das mulheres, dos agricultores, do esporte, do cooperativismo, etc.
A riqueza de diversidade em torno do mesmo objetivo, o desenvolvimento comunitário local é que fazem daquele movimento, uma import6ante fonte de pesquisa histórica e que por isso merece ser divulgado, como forma de contribui com a memória da comunidade local e dos movimentos rurais em geral.
Também deve ser registrada a carga de afetividade que representa o movimento para este autor, tanto no momento da pesquisa, como neste momento de sua publicação como livro. Pois fomos partícipes do movimento como criança, tanto na escola como em uma de suas organizações juvenis, o Clube Quatro S e ainda nos festejos que eram freqüentes na comunidade. Neste sentido tanto a pesquisa como a publicação tem objetivos comuns, o registro da memória daquela gente e a possibilidade de novos estudos sobre a temática.
Por tudo isso é que se pode compreender a importância desta publicação, de valor histórico, mas também de grande valor simbólico, e emotivo para o autor, para a comunidade estudada e para aqueles que se dedicam ao estudo das comunidades rurais do Brasil, sobretudo dessa época.
É o que podemos dizer, sobre A AÇÃOCOMUNITÁRIADA ARQUIDIOCESE DE FORTALEZA EM CARQUEIJA, CAPISTRANO 1964 A 1968, uma dissertação de mestrado em educação, pela UFC, que agora vira livro.
Fico muito feliz em cumprir a terceira etapa deste projeto a saber: A pesquisa de campo, a elaboração e defesa da dissertação no Mestrado de Educação da Universidade Federal do Ceará, sobre a orientação do prof. Dr. Antonio de Almeida Machado e finalmente a sua publicação pela Editora Bagagem, que apesar de está sediada em Campina Grande, é um projeto de um jovem que também vivenciou o projeto Carqueija, se não na mesma intensidade que a nossa, pela sua tenra idade, mas pelo menos como aluno da Escolas Reunidas de Carqueija. Tudo isso é muito significativo e cheio de simbolismo.
Agradeço a Deus por ter permitido esta minha trajetória e a todos os familiares e amigos que de uma forma ou de outra contribuíram com a realização deste desiderato.
*O livro é uma versão adaptada para livro de minha dissertação de mestrado em Educação na UFC, na década de 1990. Aguardaem a sua publicação pela editora BAGAGEM de Campina Grande.
NUNES E BC NETO
Prof. Dr. FRANCISCO ARTUR PINHEIRO ALVES
Curso de História
A UECE vive dias decisivos para a sua trajetória enquanto universidade pública, ao possibilitara à comunidade acadêmica, uma consulta sobre quem deve liderá-la nos próximos quatro anos. Por conhecermos um pouco a trajetória de nossa universidade e os protagonistas deste certame, nos posicionamos favoráveis à chapa liderada pelos colegas Nunes e BC Neto.
O Prof Dr.José Ferreira Nunes, como já tivemos oportunidade de dizer, é um dos maiores cientistas deste país. Deu e continua dando uma contribuição significativa á academia na sua área de atuação e no desenvolvimento da pesquisa em geral. Ele é o autor da descoberta da utilização da água de coco em pó na conservação do sêmen de animais domésticos, sendo a primeira patente biológica internacional do Brasil (50%) e França (50%), no ano de 1994. Esta descoberta foi de alta significação para a pecuária do semi-árido nordestino, na qual o Ceará se encontra. Mesmo assim o prof. Nunes é sinônimo de simplicidade. Sua capacidade intelectual, seu prestígio como pesquisador, não o contagiam o seu modo de ser. Pelo contrário é uma grande pessoa, um exemplo de ser humano. Sua vida está intimamente ligada à UECE, seja na sala de aula seja no seu laboratório. Tem uma imensa folha de serviços prestadas à UECE na graduação, na Pós graduação e na extensão universitária. É o homem e que a universidade talhou para o exercício da reitoria.
Ao lado do prof. Nunes está outra grande figura, o prof. BC Neto. BC milita desde a sua juventude na área cultural, todos sabemos. Ao lado de tantos outros foi um dos que conviveu com Patativa do Assaré trazendo-o à Universidade e por proposta sua a UECE conferiu-lhe o título de Doutor Honoris Causa. Foi igualmente, relator do processo de concessão do título de Doutor Honoris Causa “in memóriam”, a Capistrano de Abreu, acatando a uma proposta de nossa autoria, à época em que fomos Secretário de Educação de Maranguape. Como Prò-reitor de Extensão BC Neto levou o nome da UECE ao Brasil e ao exterior, coordenando um grande programa de alfabetização de adultos. Antes de se falar em UNILAB, nossa co-irmã da cidade de Redenção, que nos une à comunidade luso-africana, a UECE já difundia e prestava serviços na África, com o seu programa de alfabetização baseado na metodologia de Paulo Freire de reconhecimento internacional.
Quem conhece a realidade do processo de interiorização da UECE, sabe que ele figura entre os seus protagonistas, quer na defesa do extinto campus de ICÓ, ou na defesa do fortalecimento da Faculdade de Iguatu, ou como coordenador do projeto de interiorização em gestões anteriores, buscando fortalecer e a poiar as atividades de todas as nossas queridas faculdades interioranas, notadamente a partir da gestão do prof. Paulo Petrola. BC tem serviço prestado também aos estudantes, pois exerceu com muita competência a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, fazendo dela um espaço democrático e de apoio aos estudantes, quer em suas demandas cotidianas quer no apoio aos encontros estudantis em todo o Brasil.
Como está no texto do convite para o debate deste dia 10 à noite, no CH:“Nos últimos dias temos acompanhado a movimentação referente à campanha eleitoral para reitoria da Universidade Estadual do Ceará – UECE e o que percebemos é uma nítida e significativa aceitação do Prof. Nunes como único candidato que pode aglutinar todas as propostas positivas e os diferentes interesses ora anunciados além de apresentar o melhor perfil para o enfrentamento das complexas situações existentes atualmente na UECE, em todos os seus seguimentos.”
Por estas e outras razões que este pequeno texto não permite registrar, que estamos solicitando a cada um de nossos estudantes, funcionários e professores da UECE, a sufragarem a chapa 2, Nunes e BC Neto, neste dia 11 de abril.
P.S. Este artigo circulou por e-mail nos dias que antecederam a campanha para reitor da UECE. O resultado parcial da consulta indica a Chapa 3, encabeçada pelo prof. Jackson em primeiro lugar, com 43% dos votos, a chapa 2 do prof. Nunes em segundo lugar, com 28% dos votos e a chapa 1 da profa. Lia com 12% dos votos.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
DECLARAÇÃO DE AMOR À UECE
A Universidade Estadual do Ceará, patrimônio do povo cearense, está a merecer das autoridades estaduais, tanto do Legislativo quanto do Executivo, uma atenção e um olhar especial.
A primeira coisa que deve ser feita é corrigir uma histórica injustiça para com o seu corpo docente e de sua co-irmãs, URCA E UVA. Trata-se do cumprimento, por patê do Governo Estadual, da lei do piso salarial dos professores, que desde 1997, vem sendo protelado, com inúmeras ações tendo sido, igualmente, derrotado em todas. O Supremo Tribunal Federal já determinou que o piso dos professores é legal e deve ser pago, mas o governo não cumpre a determinação judicial cometendo uma ilegalidade, um desrespeito aos professores, às suas universidades.
Mas não fica por aí, a necessidade de um cuidado especial do governo com para com a UECE. Hoje a universidade tem uma carência de aproximadamente 300 professores. Urge, portanto, que se faça concurso público para o preenchimento dessas vagas, sob pena de inviabilizar o trabalho docente na universidade com prejuízos incalculáveis para os seus estudantes e todos os projetos de pesquisa e extensão que a mesma desenvolve. A luta por concurso na UECE é uma constante, está na pauta dos dois sindicatos docentes e da reitoria da universidade, que administrativamente tem tentado viabilizá-los a todo custo, mas não teve êxito até o momento.
O terceiro ponto igualmente importante e que merece a mesma atenção por parte do Executivo e do Legislativo estaduais, é o concurso para servidores técnico-administrativo. Não se tem notícia de que na história da UECE tenha sido realizado concurso público para funcionários. O quadro de funcionário estatutário está sendo reduzido gradativamente em função de aposentadorias e não se realiza concurso. Para suprir esta carência faz-se a contratação de terceirizados, que não resolve o problema em definitivo. Hoje na UECE a relação entre estatutários e terceirizados é próximo da ordem de 30% para 70% respectivamente. Percebe-se aí uma ilegalidade. Nunca uma instituição pública pode funcionar com maioria de terceirizados. É aceitável uma relação da ordem de 20% mas acima de 50% é um verdadeiro absurdo. Neste caso é urgente que a Assembléia Legislativa resolva o impasse das vagas de funcionários da UECE, atualize o plano de cargos e carreira dos funcionários e o governo do Estado providencie o concurso imediatamente.
É bom ouvirmos no noticiário da imprensa as informações de superávit de arrecadação do estado, os investimentos magnânimos que o governo está fazendo no campo do turismo, na infraestrutura do estado, mas é preciso investir na educação, na ciência e tecnologia, para que todo este surto de crescimento se transforme em um desenvolvimento sustentável.
O povo do Ceará espera dos governantes uma postura mais sensível em relação à sua universidade. Há uma frase célebre de Antoine de Saint-Exupéry que diz: “quem ama cuida”. Até aqui não é este o sentimento que o governo transmite em relação à UECE, pelo contrário parece que há uma má vontade dos governantes, ao longo dos anos, com a sua universidade, o que é lamentável.
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