domingo, 6 de maio de 2012
Intolerancia Religiosa
No século XIX um bispo em Barcelona queimou as obras de Alan Kardec: O Evangelho Segundo o Espiritismo, o Livro dos Espíritos e outros. Isso aconteceu na praça em frente a linda Catedral de Barcelona. Como o Espiritismo é uma religião pacífica e era minoria, nunca houve protestos assim. O tempo passou, hoje a Igreja Católica, muito criticada, inclusive por protestantes, que os considerava hereges, mantém uma boa relação de respeito com as religiões. E agora o que se ver são pastores protestantes que estão incitando a violência entre as religiões. Aqui no Brasil, um tempo destes, um quebrou uma imagem de Nossa Senhora na televisão. Onde estes líderes querem chegar?
Isso nunca foi cristão. Jesus manda que amemos até os nossos inimigos. Se devemos amar a todos, inclusive os nossos inimigos, porque este pastor, que conhece muito bem o Evangelho, falta com respeito ao livro sagrado dos nossos irmãos mulçumanos? Esta atitude do Pastor americano é insana, é provocativa. Ele age como algumas autoridades da Igreja Católica da Idade Média. Ele não percebe que é fruto de uma ruptura dentro da Igreja, provocada por alguém, como Lutero, que condenava posições como a sua, que se chamou de Reforma Protestante.
Percebo atitudes como a deste pastor, daquele que quebrou a imagem de Nossa Senhora e de muitos líderes religiosos cristãos, católicos e evangélicos de hoje que só querem saber do dinheiro dos seus fiéis, como atitudes da Igreja pré-reformista, da Igreja medieval.
Uma das coisas que mais Lutero foi contra, eram as indulgências prometidas pelo Papa. O que as Igrejas estão fazendo hoje, na ânsia de arrancar dinheiro de seus fiéis ou simples assistentes, é igual ou pior. Eles prometem tudo, não por Jesus, mas pelo dinheiro. Tem deles que prometem inscrever o contribuinte em livros de diferentes graus: Os que derem mais em um livro de ouro, os que derem medianamente no livro de prata e os que menos derem no livro de bronze. Isso a partir de quantias de R$100,00, abaixo de cem não dá direito a inscrição no “livro sagrado”, no “livro dos milagres”. Quer dizer, isso é pior que as indulgências que Lutero foi contra e depois a própria Igreja aboliu.
Então a atitude do pastor americano talvez tenha este objetivo de angariar mais fiéis para aumentar o seu rebanho de doadores, na disputa interna das lideranças religiosas dos Estados Unidos. No caso presente, os Estados Unidos deveriam punir o seu cidadão por intolerância religiosa, deve haver leis lá relacionadas a isso. È o mínimos que se deve fazer com alguém que de visão tão obtusa e de uma capacidade de incitar o ódio tão precisa. Este pastor age como alguém que desconhece o Evangelho de Jesus Cristo, a Boa Nova, que diz; ”Eu vos deixo a Paz, eu vos dou a minha paz”.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário