segunda-feira, 22 de julho de 2019

CORDEL DA ARARUTA


Francisco Artur Pinheiro Alves
Tabuba Caucaia – julho de 2019
Literatura de Cordel




Peço a Deus inspiração
Para este verso escrever
Tratando da ARARUTA
Para você entender
A riqueza desta planta
Depois de a conhecer

Araruta é um tubérculo
Como se fosse batata
            Da família do gengibe
Nasce no limpo e na mata
Dela se faz a farinha
Na proporção exata

Os índios já consumiam
Araruta com frequência
Extraiam e pisavam
E com muita competência
Tiravam dela a goma
Eles tinham a ciência

Aru-aru ou aru
Os índios assim a chamavam
E os portugueses então
Desse nome não gostavam
Passaram a chamar araruta
E dela se alimentavam

Os indios utilizavam
Na sua  alimentação
Araruta normalmemte
Pois havia plantação
Em todo e qualquer lugar
Litoral, serra e sertão

Foi deles que o sertanejo
Herdou esta  cultura
De consumir araruta
Com toda desenvoltura
Um alimento saudável
Para toda criatura

Como se faz araruta
Agora eu vou dizer
Arranca-se as batatas
E depois de escolher
As de melhor qualidade
Para pra boa massa prover

Selecionadas as batatas
Agora vai-se esmagar
Em um liquidificador
Também pode utilizar
Uma boa forrageira
Para nela triturar

Sendo grande produção
Devemos recomendar
Uma casa de farinha
Para melhor triturar
Usando o catitu
A goma vai apurar

Depois de ser triturada
Você então vai lavar
Com um pano de algodão
Para a goma retirar
A goma fica no fundo
Pois ela vai decantar

Então a goma está feita
Agora é só derramar
A água separou da goma
Após ela decantar
Você derrama a água
E a goma vai retirar

Após este processo
Põe a goma pra secar
Passa.em uma.peneira
Para ela afinar
Continua a secagem
Está pronta pra embalar

Araruta é uma goma
De.excelente qualidade
Pode ser.consumida
Por todos, na verdade
Ela não contém glútem
Esta é a grande novidade

Os celíacos não.podem
O que tiver glúter comer
A araruta portanto
Vai esta lacuna prover
Por não conter o tal glútem
Comsumí-la, vão poder

Mas qualquer uma pessoa
Na dieta regular
Pode comer araruta
Vai bem.se alimentar
Pois araruta é saudável
Você pode experimentar

Onde.encontrar araruta
Agora eu vou dizer
É na CARQUEIJA DOS ALVES
Onde eu tenho o prazer
De plantar araruta
Para lhe oferecer

Use nosso whatsapp
E faça uma ligação
Mande mensagem de texto
Áudio ou gravação
De um vídeo pedindo
Veremos com atenção

Esta era a mensagem
Que gostaria de dar
Leiam mais sobre araruta
Vou agora indicar
O site da EMBRAPA
Para você pesquisar

Lá existe uma cartlha
Com toda informação
Tem tudo sobre araruta
É uma boa opção
Tire alí as suas dúvidads
É a nossa sugestão.

Agora fico esperando
É a sua ligação
Peça ainda  hoje mesmo
Não tenha acanhação
Em baixo eu deixo o número
Pois não tem rima pra ele não

Nossos contatos:
085 98853 0277 (fone e ZAP)


Apoio cultural
Pólo INSTITUTO CALUMBI DE EDUCAÇÃO E CULTURA
Cursos de Graduação e Pós Graduação EAD (Cursos totalmente à distância)
Colégio São José – Maranguape – CE
85 988530277

BIBLIOTECA COMUNITÁRIA  PROFA. LOURDENISE PINHEIRO ALVES
ECOMUSEU RURAL RAIMUNDO ALVES DA SILVA
Carqeuija dos Alves – Capistrano CE



sábado, 20 de julho de 2019

HISTÓRIA DA CAPELA DE SÃO JOÃO BATISTA E CAMPANHA PELA REFORMA




Carqueija – Capistrano, 1933 a 2019
Francisco Artur Pinheiro Alves
Capistrano – Junho de 2019

Peço a Deus inspiração
À Virgem Maria, também
E a São João Batista
Aos santos de Deus, amém
Para contar a história
E resgatar a memória
De uma capela do bem

A Capela de São João
Pedro Alves construiu
Com a sua Raquel Alves
Depois que a doença sumiu
De Pedro seu esposo
E com a saúde em gozo
A capela erigiu

Era o ano trinta e três
Do outro séc. passado
Pedro Alves e Raquel
Após o milagre alcançado
Construiu uma capela
A São João dedicou ela
Ficou isso acordado

Segundo o Pedro Jorge[1]
O nome que foi registrado
No livro da Diocese
Às capelas dedicado
Foi ORATÓRIO DO SACO
Ainda bem que foi mudado

A capelinha é famosa
Tem história a contar
Eram poucas as capelas
Que existiam no lugar
O povo da região
Vinha com satisfação
Para a igreja rezar

Foram muitos os serviços
Dedicados ao sacramentos
De primeira comunhão
Batizados, casamentos
Que a capela acolheu
E o povo recebeu
Seguindo os mandamentos
Dom Antônio Lustosa
Bispo de reputação
À capela visitou
Com muita satisfação
Em duas ocasiões
Houve grandes emoções
Na sua recepção

Padres que foram bispos
Depois dela visitar
Dois aqui neste verso
Queremos pois registrar
Os padres: Vicente e Terceiro
Este último foi o primeiro
A bispo se consagrar

Dom Terceiro foi bispo
Por todos respeitado
Dom Vicente também
Para Crato indicado
Três bispos lá passaram
Suas bênçãos deixaram
Isso está registrado

Muitos padres da paróquia
E convidados também
Celebraram muitas missas
Registrar isso convém
A capela recebia
Todos com alegria
Prática que ainda mantém

Dentre os padres celebrantes
Vou aqui registrar
O Padre Oscar Peixoto
Que sabia bem tocar
Depois da Santa missa
Tocava para animar

Padres Pedro e Joaquim
Também nela celebraram
Usavam um chapéu preto
E a todos abençoaram
Ver o padre era uma festa
Todo respeito atesta
Estes fatos nos marcaram

Padre Paulo também
Veio nela celebrar
Muitos jovens puderam
Pela primeira vez comungar
Preparados com expertise
Pela dona Lourdenise
Professora do lugar

Registro com alegria
E muita satisfação
A presença de um padre
Que marcou uma geração
Foi Bernado Bourassa
Muito amigo do Sassá
Grande foi sua missão

A todos Pedro recebia
Com muita satisfação
Dava-lhes hospedagem
E dedicava atenção
Conversando sobre a vida
Era uma boa acolhida
Era essa sua missão

Quando o casal ficou velho
E depois de falecer
Assumiu a liderança
Com orgulho e prazer
A tia Maria do Céu
Sempre sabendo fazer

Tia Céu quando jovem
Era muito destemida
Cavalgava pelas estradas
Com destreza percebida
O santo terço rezava
E as novenas tirava
Na data estabelecida

Depois da tia Céu
Assumiu a liderança
O meu irmão Pedro Jorge
Que com muita confiança
E o apoio da esposa
Formou uma aliança

Tem cuidado da capela
Com muita dedicação
Faz pinturas e reformas
Nas festas, decoração
Apoia a comunidade
Dos velhos à mocidade
Garante a situação

Voltando a registrar padres
Que passaram por lá
Nestes últimos anos
Faz bem aqui registrar
Padre Eudásio, o pastor
Que por todos tinha amor
Saudade nos faz lembrar

Nas festas do padroeiro
Sabia bem conquistar
Cada um dos presentes
Pois ia cumprimentar
A cada um abraçando
Sorrindo não reclamando
Para todos alegrar

Oitenta e seis anos
A capela completou
Neste ano 19
Seu papel consagrou
Na história e pastoral
Do rebanho celestial
Que Jesus lhe revelou

Que Deus abençoe a todos
Que muito contribuíram
Com a história da capela
Foram muitos que assumiram
A missão de evangelizar
E a Boa Nova levar
Sua missão cumpriram

A Messe é muito grande
São poucos trabalhadores
Esperamos que a capela
Tenha sempre pastores
Fiéis à causa do bem
É isso que nos convém
De Jesus os seguidores

Vamos seguir Jesus
Como João Batista fez
Venha para nossa capela
Agora é a sua vez
Vamos juntos celebrar
Mais uma festa e alegrar
Sejamos sempre cortês

Traga um convidado
Faça sua doação
Venha rezar conosco
Nesta festa de São João
Nada temos a temer
Jesus vai nos proteger
Mais uma celebração

Começa dia 14
Com a grande abertura
A cada dia haverá
Rezas cantos e leitura
Da palavra do Senhor
Que é nosso Salvador
E por todos tem ternura

Virão muitos convidados
Da Carqueija ao São Vicente
De Capistrano e Fortaleza
Do Pesqueiro e do Tenente
Enfim de todo lugar
Gente daqui e d’acolá
Vai ser muito comovente

Paralelo à festa
Também vai acontecer
Uma grande exposição
Sobre cordel pra, valer
No Ecomuseu, um parceiro[2]
Que luta o tempo inteiro
Pra festa fortalecer

O Ecomuseu preparou
Um pequeno acampamento
De antigos escoteiros
Que irão por um momento
Da festa participar
E também colaborar
Com o seu conhecimento

Viva a São João Batista
De Jesus o precursor
Viva a sua capela
E a todos que abençoou
Viva o papa Francisco
Viva a Deus nosso Senhor

Escrevi estes versos
Não disse tudo não
Ainda faltou muita coisa
Fica pra outra ocasião
Trouxe um pouco da história
Que está na memória
De nossa população

Por último lanço um apelo
A toda população
Para colaborar com a reforma
E a colocação
Dos mosaicos da capela
Fazendo uma doação.

CAMPANHA DO MOSAICO E REFORMA DA CAPELA
Colabore com a colocação do MOSAICO original e REFORMA  DE  MANUTENÇÃO da Capela de São João Batista, comprando dois cordéis impressos no valor de  R$ 10,00. Deposite os valores  na seguinte conta poupança:
Banco: CAIXA ECONÔMICA
AGENCIA 1276 OP 013 CONTA 7128-1 (poupança)
Francisco Artur Pinheiro Alves
Após o depósito me comunique pelo ZAP 85 98853 0277

APOIO CULTURAL
Este cordel teve o apoio das seguintes instituições:
INSTITUTO CALUMBI DE EDUCAÇÃO E CULTURA – Maranguape-CE
ECOMUSEU RAIMUNDO ALVES DA SILVA – Carqueija dos Alves – Capistrano - CE
BIBLIOTECA PROFA. LOURDENISE PINHEIRO ALVES – Carqueija dos Alves – Capistrano – CE

CORDEL IMPRESSO
Quem desejar comprar o cordel impresso, ligue para 85 98853 0277 Preço: R$ 5,00. Mande endereço que enviamos pelos Correios para todo Brasil. O lucro da venda é para a reforma da Capela.


[1] Prof. Pedro Jorge, atual proprietário do local e neto de Pedro Alves da Silva.

[2] Ecomuseu Rural Raimundo Alves, em frente a capela.de São João batista.

terça-feira, 9 de julho de 2019

GOMA DE ARARUTA - SAFRA 2019


Estamos iniciando a produção de GOMA DE ARARUTA da safra 2019. Quem interessar pode solicitar pelo WhatsApp 85 98853 0277.
Lembrando que ARARUTA não contém GLÚTEN, quem não puder, por algum motivo, ingerir alimentos que contenha glúten, tem a opção da ARARUTA.
Nossa araruta é produzida sem agrotóxicos e de forma artesanal

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Cordel: A PELEJA DA CHANANA COM OS PREFEITOS DE FORTALEZA

Escrevi, há alguns anos e agora, atualizei e publiquei um cordel mostrando a saga da CHANANA, para sobreviver em Fortaleza.
É uma crítica humorada à política de preservação da Prefeitura Municipal de Fortaleza, que não valoriza as plantas nativas, como é o caso da chanana.
1
Peço inspiração a Deus
Que é pai da natureza
Para fazer um cordel
Que é em prol da defesa
De uma de Suas criaturas
A chanana, com certeza

2
A chanana é uma planta
De especial beleza
Sua flor branca e amarela
Tem em toda Fortaleza
Mas a Prefeitura arranca
Quando faz a sua limpeza

3
A chanana luta muito
Para aqui sobreviver
Nesta linda Fortaleza
Devemos reconhecer
E seus maiores inimigos

Neste cordel vou dizer

Pedidos para 85 988530277

I MOSTRA DE CORDEL MESTRE SEBASTIÃO CHICUTE: Em Carqueija dos Alves e em Capistrano

Será realizada nos dias 21, 22,e 23 de Junho na Carqueija dos Alves, por ocasião da FESTA DE SÃO JOÃO BATISTA, e nos dia 27, 28 e 29, em Capistrano, na casa do Mestre Sebastião Chicute,  a I MOSTRA DE CORDEL MESTRE SEBASTIÃO CHICUTE.
Apoie, visite, participe, expondo seus cordéis e comprando cordéis. Vamos fortalece a LITERATURA DE CORDEL
Curadoria: PROF. ARTUR PINHEIRO
Apoio: Instituto Calumbi de Educação e Cultura.

Blog do Crato: Padre Artur Redondo, S.J. – outro santo que viveu ...

Blog do Crato: Padre Artur Redondo, S.J. – outro santo que viveu ...: F az muito anos, a primeira vez que ouvi falar no padre Arthur Emilio Azevedo Redondo, S.J. Foi quando li uma nota – publicada num jorna...

quinta-feira, 11 de abril de 2019

II FEIRA DE CORDEL DA UECE - 11 e 12 DE ABRIL DE 2019

Começa, hoje, dia 11 de abril, e se estenderá por todo o dia de amanhã,  a II FEIRA DE CORDEL DA UECE, no Campus do Itaperi, em Fortaleza. A feira tem por objetivo integrar os cordelistas de Fortaleza, com os universitários da UECE e comunidade do entorno. Qualquer cordelista pode participar, expondo e vendendo seus cordéis. Por outro lado, qualquer pessoa pode também vir ver, assistir alguma apresentação ou leitura de cordel e, principalmente adquirir um ou mais cordéis. Todos são convidados.
Na oportunidade serão lançados, ao longo da programação, diversos cordéis com os mais variados temas. Destaque para o cordel A PELEJA ENTRE A CHANANA E OS PREFEITOS DE FORTALEZA, de nossa autoria, que será lançado hoje a noite, na feira. A venda será revestida em benefício da construção do TEATRO CAPELA ECUMÊNICA DE TAIPA DA CARQUEIJA DOS ALVES, em Capistrano.
A II FEIRA DE CORDEL DA UECE é uma iniciativa da cadeira de LABORATÓRIO DE ENSINO, do Curso de História da UECE, ministrada por este professor. Tem a participação dos estudantes da disciplina e de outros estudantes que se integraram ao evento.
O evento tem o apoio cultural do INSTITUTO CALUMBI DE EDUCAÇÃO E CULTURA.
convidamos a todos e a
todas para visitar nossa feira.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

DISCURSO DE ORADOR DOCENTE - COLAÇÃO DE GRAU DO CURSO DE HISTÓRIA - JANEIRO DE 2018


Hoje é um dia muito especial para o Centro de Humanidades, para nós professores, para vocês, formandos e formandas, para as suas famílias e para a Universidade Estadual do Ceará.
 Os cursos que hoje tem seus alunos concluintes, são dos mais antigos de nossa universidade, são aliás precursores dela. Os cursos de Filosofia e História são oriundos da antiga FAFICE – Faculdade de Filosofia do Ceará, fundada pelos irmãos Maristas, depois incorporados pelo governo estadual e por último vieram a integrar a UECE, quando de sua fundação, nascendo assim o nosso querido Centro de Humanidades.
Depois de uma verdadeira batalha que tiveram nossos antecessores na missão de criar e inicia-los e que, com muita honra,  estamos dando continuidade, o Centro de Humanidades hoje é um dos mais importantes de nossa universidade, sobretudo no que diz respeito à sua evolução acadêmica, sendo a maioria de seus professores, mestres e doutores, tendo  ampliando seus cursos, antes apenas de graduação, hoje de com inúmeros cursos de pós graduação latu sensu, as especializações e stricto sensu, mestrados e doutorados.
Formado pelo curso de História em 1992, fui também primeira turma do primeiro curso de especialização de História do CH, graças a iniciativa do prof. Dr. Francisco José Loiola Rodrigues, primeiro Dr. Do curso de História, ainda na década de 1980.
Como se ver, houve uma grande evolução de nosso centro e de nossos cursos, nestes últimos 30 anos, para citar o meu período nesta instituição.
Falo isso para mostrar aos formandos e formandas e a seus familiares, que nossa caminhada está sendo vitoriosa, mas estas vitórias não foram conseguidas de uma hora para outra, mas graças ao esforço de muitos que não estão mais entre nós, professores, funcionários e alunos e de muitos que continuam conosco, como  nossos atuais colegas. Graças também a vocês que agora, com muita alegria e depois de muitas dificuldades, muito esforço, muito estudo, superaram todos os obstáculos e estão aqui  para receberem do estado, o reconhecimento deste esforço, na forma de graduados.
A vocês nobres formandos e formandas do CH, parafraseando a marchinha de carnaval, haja vista estarmos em franca prepaparação para o mesmo em todo Brasil, a UECE lhes adverte:
“Não se esqueça de mim, Não se esqueça de mim, não desapareça”
Ou seja, vocês concluíram a graduação, portanto a formação inicial, mas uma longa carreira vos espera, nesta mesma universidade, prioritariamente, mas em outra qualquer, se for o caso, nos cursos de pós graduação. Continuem a vossa formação, pois se por um lado a graduação é um fim que se comemora com muito júbilo, por outro lado ela é também, o primeiro passo na formação que os tempos modernos estão a exigir das carreiras profissionais. E neste sentido, estamos de braços abertos para recebe-los em nossos cursos de Especialização, Mestrados e doutorados.
Por último queremos parabenizá-los pela vitória, de vocês, que é também nossa, de vossas famílias e da sociedade cearense, que nos financia, através do estado e que agora a universidade a ela vos devolve com a satisfação de dever cumprido.
Parabéns e que Deus abençoes-nos a todos.

DISCURSO DE ORADOR DOCENTE - COLAÇÃO DE GRAU HISTÓRIA - UECE dia 11 de janeiro de 2019




Em primeiro lugar gostaria de parabenizar os formandos e suas famílias, pela vitória de chegarem até aqui, concluindo com sucesso, seus cursos superiores. Isso vislumbra novos horizontes, novas conquistas e, também, novos desafios.
Sabemos que foram anos de esforço, de luta, mas que agora, percebe-se que valeu a pena e hoje é um dia especial, de comemoração de alegria pessoal, e familiar. Nossos mais sinceros parabéns!
Agora é olhar para frente, planejar o futuro, tanto do ponto de vista profissional, como do ponto de vista acadêmico. Depois de uma breve pausa para descansar os neurônios, novos projetos devem ser acionados: Concursos, empregos e a formação continuada em cursos de Pós graduação, latu sensu e stricto sensu. A caminhada deve continuar, a graduação é apenas um começo. Vamos em frente.
Agora gostaria de me deter um pouco nos desafios da trajetória profissional. Vivemos dias difíceis em nosso país e no mundo. Particularmente em nosso estado, estamos vivenciando algo nunca antes visto: a luta de grupos rivais por espaço no campo de sua atuação, que é o controle dos espaços de domínio e de poder, ancorados na venda de drogas ilícitas. Por outro lado a reação do estado, tentando impor sua autoridade, a seu modo, na busca de dar tranquilidade a sociedade, resultando tudo isso numa espécie de guerra civil, trazendo instabilidade social e, o pior, muitas mortes, notadamente de jovens.
Chegamos onde chegamos por que não nos preparamos para receber o Messias, nós que somos cristãos, na forma descrita por São João Batista, que ao ser indagado pelas multidões do que deveriam fazer para receber o Messias, e ele respondeu com convicção: “Quem tiver duas túnicas doe uma a quem não tem nenhuma e o mesmo fazei a quem não tem alimentos”; aos cobradores de impostos disse: “não exigi mais do que a taxa estabelecida:” já aos soldados recomendou: “Não pratiqueis a tortura nem chantagens contra ninguém, contentai-vos com o vosso salário”. (Lc 3, 7-13)
Nós não aprendemos, ou não demos ouvido ao último dos profetas do Antigo Testamento, em sua mensagem ética, que está presente em todos os discursos que pregam a paz e o amor ao próximo. Mas ele mesmo, em outro trecho de seu discursos diz: “Eu sou a vós que prega no deserto”. Não dar atenção para as necessidade de nosso próximo, não cuidar dos mais necessitados com dignidade, é uma das formas de abrir espaços amplos para, no caso em questão, este espaço seja ocupado por inescrupulosos controladores de organizações criminosas, gerando toda a instabilidade social que estamos vivendo.
Este é o ambiente que estamos vivendo e nosso lócus de trabalho, a escola, está inserida neste meio, espaços de muitas injustiças sociais, notadamente na periferia, que muitos de vocês atuam ou irão atuar.
É um grande desafio ser professor hoje, notadamente na educação básica, com poucos recursos disponíveis e muitas adversidades. O que vai fazer a diferença? É a sua visão de educador, seja como professor de História, de Filosofia, de arte ou disciplinas afins.
É preciso inserirmos a escola em um amplo conceito de educação, que dialogue com as famílias, com a comunidade, com as organizações sociais, com as organizações religiosas, para, trabalhando em conjunto, possamos levar uma educação às nossas crianças e jovens e possamos também nós nos reeducarmos a cada instante. Possibilitar ao educando o conhecimento do mundo e da vida, é condição “sine qua non” para que ele possa escolher o seu caminho, onde possa ter a liberdade de verificar o que é bom para a sua vida e o que poderá ter consequências drásticas para sua saúde e vida, e ainda que em condições adversas, poder construir um caminho que lhe assegure longevidade, com saúde e o mínimo de paz.
Ainda que nossa ação educativa seja apenas um pingo d’água no oceano, com certeza, contribuirá para melhorar o mundo e encontrarmos o caminho da paz e da solidariedade humana, tão necessários no mundo atual.
Caros formandos e formandas, que a vossa conduta nesta sociedade conturbada seja pautada na ética e na busca incessante da paz.
TENHO DITO
Fortaleza, 11 de janeiro de 2019
Prof. Francisco Artur Pinheiro Alves