domingo, 24 de fevereiro de 2013

RENÚNCIA DO PAPA BENTO XVI

Estava eu no sertão do Quixeramobim, sol escaldante, sem nenhuma folha verde nos arredores da casa, longe de tudo e de todos. Pedi então para ver o Jornal Hoje, da rede Globo, queria saber como estava o carnaval no Brasil à fora. Qual foi a minha surpresa, a renúncia do papa Bento XVI. Eu que acompanho um pouco de longe a trajetória do papa, pela imprensa e por ser católico, fiquei emocionado, estava testemunhando um "fato histórico". Mas fico com a mesma sensação de que tive naquele momento, o Papa foi humilde, humano, reconheceu sua fragilidade física, sua condição de idoso, para continuar gerenciando espiritual e temporalmente, uma instituição com a complexidade da Igreja Católica. Pelo seu bem, terminar a vida em paz, com o dever cumprido e pelo bem de sua Igreja, que merece um gestor, um líder mais novo, o papa renunciou. Foi um grande gesto, foi um ato de renúncia ao poder, ao glamour, foi digno de um grande homem. Apóio o papa em seu gesto. Ele agora vai pra clausura, estudar, pensar, escrever, rezar, viver como um mistico, nos últimos dias de sua vida. Uma aposentadoria, papa também pode se aposentar. Todos aprendemos com este gesto. Só o ato dele fez mobilizar a Igreja. Mesmo no carnaval brasileiro, onde todos estão na folia, houve muitos debates, muitas entrevistas, muitas reportagens, muitas análises. Isto tudo é bom. Espero que o novo papa, reveja a questão da obrigatoriedade do celibato, isto deve acabar na Igreja, pois não é bíblico, como disseram: Pe. Feijó, Dom Carlos Duarte Costa, (bispo de Maura) e mais recentemente Dom Clemente Isnard, e outros, todos baseados na bíblia, mais precisamente nas cartas de São Paulo a Tito e a Timóteo: " o bispo tem que ser casado com uma só mulher". Vamos ver quem será o escolhido. P. S. Fiquei intrigado por que o Brasil, um país de maioria católica, ter só 5 votos no conclave que elegerá o próximo papa, enquanto os E.U.A. país com minoria católica terem 13 votos. Escrito dois dias após o anúncio da renúncia do papa.

PROPOSTA PARA REGULARIZAR O ANO LETIVO DE FORTALEZA

A polêmica em torno do ano letivo de Fortaleza, requer de nós cidadãos, educadores e agentes políticos, uma reflexão e contribuição, cada um na sua área de competência. Uma coisa é certa, o secretário está certo em procurar uma fórmula para organizar o calendário escolar do município de Fortaleza, que estava uma bagunça e como tal refletindo no aprendizado das crianças. Com certeza o fato de Fortaleza ter ficado nas últimas colocações do SPAECEALFA, se não poder se debitado totalmente a este problema, com certeza, foi um dos problemas que contribuíram para tal desempenho negativo. A decisão da secretaria foi tomada em comum acordo com as entidades que compõem o círculo de interlocução da Secretaria de Educação, com a certeza de que, como dizia a propaganda eleitoral do cearense Tiririca, hoje deputado federal, “pior não fica”. Em relação à polêmica do cumprimento dos 200 dias letivos com 800 horas, há como corrigir, sem fugir , um milímetro da decisão principal, que é o inicio do ano letivo de 2013 de forma unificada. Esta é a proposta que vou apresentar, retirada da própria decisão. Para melhor compreensão, devo fazer algumas considerações: 1. Aos legalistas, que procuraram uma falha na proposta, devemos dizer que tanto devem ser cumpridos os 200 dias, como as 800 horas. Na primeira reunião que o secretário fez com os professores, segundo relato da imprensa local, a sua preocupação foi com os dois, os 200 dias, sim mas com as 800 horas. E para cumprir as 800 horas, é necessário que a haja 4 horas diárias de aula, pontualmente. Se perdermos 20 minutos ou meia hora por dia, ao cumprirmos os 200 dias não teremos as 800 horas, e nisso ninguém falou, só o secretário. 2. Se a questão é cumprir a lei, a Secretaria, pode encerrar as avaliações dos alunos até 28 de fevereiro, promovê-los, mesmo sem cumprir os 200 dias. Em relação à promoção a LDB é flexível, existe inúmeros exemplos de promoção antes do tempo normal de aula e antes da conclusão do ciclo, seja do ciclo fundamental, seja do ciclo médio. Como exemplo são os jovens que passam no vestibular no segundo ano do Ensino Médio e o Conselho de Educação autoriza ingresso na universidade sem concluir do ciclo. Portanto estes alunos não tiveram 600 dias e muito menos as 2.400 horas, que a lei determina para o ensino médio regular presencial em três anos. 3. Os duzentos dias, são dias de 4 horas diárias, se a Secretaria de Educação vai oferecer 7 horas diárias para os alunos cujo calendário não foi cumprido, é só computar estas 3 horas para o ano letivo de 2012 e somente as 4 horas para o ano letivo de 2013. Ficaria assim: os alunos são promovidos com antecedência, ou seja até 28 de fevereiro, o ano letivo de 2013, se inicia na data prevista para março, e ao iniciar o ano letivo de 2013, os alunos do turno da manhã terão aulas no turno regular, referentes a 2013 e no turno da tarde, farão atividades educativas culturais, aprofundamento de estudos, mas a carga horária destes período, será computada para concluir os 200 dias letivos e as 800 horas de 2012, do mesmo modo ocorrerá com os alunos da tarde. Se o problema é cumprir a lei, tem como fazê-lo, com gestão, com responsabilidade, mas sem abrir mão de organizar minimamente o currículo escolar. Assim a Secretaria de Educação de Fortaleza estará cumprindo a lei, dando satisfação à sociedade e exercendo o seu papel de gestora do ensino no município de Fortaleza. Quem ganha com isso: todos nós. Novamente plagiando a propaganda vitoriosa do Tiririca, pior do que está, não pode ficar e certamente não vai ficar. Prof. Dr. Francisco Artur Pinheiro Alves Ex-presidente da UNDIME-Ce (2001 a 2004) - Coordenador do Curso de História da UECE