domingo, 27 de novembro de 2011

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE CAPISTRANO NO CONTEXTO DO ANIVERSÁRIO DE 60 ANOS DO MUNICÍPIO

Não vou escrever umtexto novo, pelo contrário quero publicarum texto de 2004 sobre a Estação ferroviária de Capistrano. O texto está na íntegra. É importante a sua leitura, para uma comparação, se houve algum avanço em relação a este patrimônio ounão. Talvez a metade do que se pagou a uma banda de forró na festa do município, fosse suficiente para resteurar a nossa estação. Mas convido-o a ler o que escrevi em 2004:


A ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DO RIACHÃO

Construída em 1890, a estação ferroviária do Riachão foi a primeira a ser concluída no trecho Baturité/Quixadá, projeto executado entre 1888 e 1891. A decisão de retomar a construção da ferrovia, com vistas a estendê-la até o sul do Estado, foi tomada pelos governos provincial e imperial exatamente no ano da grande seca dos três oito, (1888) como ficou conhecida. Para o povoado Riachão da Lagoa Nova, tal estação foi um marco no seu crescimento, vindo a transformar-se em distrito e em seguida em município, mudando sua denominação para Capistrano de Abreu, hoje Capistrano, em homenagem ao grande historiador maranguapense. (Esta História pode ser melhor conhecida em nosso livro Formação Histórica de Capistrano, 1890 a 1984, Editora Brasil Tropical, nas livrarias).
Com a desativação dos trens de passageiro na década de 80, a estação ficou ociosa. Hoje é sub utilizada. Projetos para ela não faltam, o que falta é decisão política. Com seus três salões, sala de espera e varanda, o velho prédio da estação, o mais antigo prédio de médio porte da cidade, poderia ser palco de uma nova era, a do desenvolvimento cultural. Há inúmeras formas de utilizá-la melhor e com mais retorno para os capistranenses, como por exemplo: Ser sede da Biblioteca Pública Municipal, ou servir de abrigo para um museu da cidade ou ainda ser um centro cultural de acesso à juventude local e visitantes. Só para citarmos alguns exemplos. No entanto tal decisão deveria ser remetida à população, através de um seminário onde se ouvisse a opinião de todos os seguimentos da sociedade e, através de um planejamento estratégico, se estabelecesse um plano de ação para a nossa estação.
Mas o que fazer agora, já? Como cidadãos e cidadãs que somos, nos resta pressionar as autoridades competentes, no caso municipais em primeira instância e nos outros escalões de governo, para tomarem uma posição em relação a nossa estação e a todas as outras que estão em estado semelhante no Ceará. De outra parte, devemos cobrar dos candidatos a prefeito de nossa cidade, quais as suas propostas em relação a estação e a política cultural para o nosso município. O certo é que cada um, no seu nível de competência deve fazer a sua parte e nós já estamos fazendo a nossa ao iniciarmos este debate.

Um comentário:

  1. Olá professor! Como faço para ter acesso ao seu livro "Formação Histórica de Capistrano"?

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