sexta-feira, 21 de maio de 2010

MARANGUAPE NA 8ª SEMANA NACIONAL DE MUSEUS

A cidade de Maranguape participa de forma efetiva e diferenciada da 8ª SEMANA NACIONAL DE MUSEUS 2010, oferecendo aos que se dedicam a atividade museoógica e aos profissionais de áreas afins, o relançamento do CURSO DE

PÓS GRADUAÇÃO EM MUSEOLOGIA. Único no gênero no estado do Ceará.

O projeto é chancelado pela Faculdade Vale do Jaguaribe –FVJ, que em Maranguape tem o apoio e a parceria do Instituto Calumbi de Educação e Cultura e da Fundação Edite Nunes Costa.

O curso será ministrado por professores especialistas, mestres e doutores da própria faculdade e convidados de outras instituições do Ceará e a nível nacional.

Desta forma os promotores do curso esperam oferecer uma relevante contribuição à Museologia que vem se expandindo no Estado do Ceará, especialmente à região metropolitanan de Fortaleza. A escolha de Maranguape deveu-se às características propícias para um curso desta natureza naquela cidade, que abriga O Museu da Cachaça, (privado) o Ecomuseu de Maranguape,(comunitário) no distrito de Cachoeira e o Museu da Cidade, (público) na antiga cadeia pública no centro da cidade.

Serviço:

As inscrições para a Pós Graduação em Museologia podem ser feitas através do fone 9164 8506 3484 0997 ou pelo e-mail: instituto.calumbi@yahoo.com.br

Atenciosamente,

Professor Artur Pinheiro

Coordenador do projeto

arturpin@yahoo.com.br

INSTITUTO CALUMBI LANÇA POS GRADUAÇÃO EM MUSEOLOGIA NAA 8ª SEMANA NACIONAL DE MUSEUS

Como forma de participar efetivamente da 8a SEMANA NACIOANL DE MUSEUS, o INSTITUTO CALUMBI com a parceira da FACULDADE VALE DO JAGUARIBE, está relançando o CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM MUSEOLOGIA, naquela cidade.
O curso é pioneiro em Fortaleza e região metropolitana. Com esta iniciativa o Instituto Calumbi espera está dando a sua collaboração com a Museologia em nosso estado

domingo, 14 de março de 2010

Chananas


Já reparou nas flores que nascem nos canteiros?
A chanana, uma flor típica da região Nordeste, nasce nos canteiros centrais e junto às calçadas em vários bairros de Fortaleza. Pra muita gente, pode ser apenas mato. Mas pesquisas mostram que a flor tem importância científica
Mariana Lazari Especial para O POVO marianalazari@opovo.com.br13 Mar 2010 - 18h07min

Em meio ao verde emaranhado das plantas que nascem nos canteiros centrais e calçadas de Fortaleza, pontinhos claros se destacam, normalmente, em grande quantidade. São pequenas flores com pétalas brancas facilmente confundidas com mato e, por isso, tratadas da mesma forma. Quando as ruas são limpas e capinadas, lá se vão as flores em meio ao verde do capim que insiste em nascer nas vias da cidade. A flor recebe o nome de chanana. Conhecida cientificamente como Tunera guynensis L, além de possuir uma singela beleza, tem propriedades científicas já comprovadas. Talvez, por isso, merecesse um cuidado maior por parte da população. Quem reclama da retirada constante das chananas é o professor da Universidade Estadual do Ceará (UFC), Artur Pinheiro Alves, que lembra da flor embelezando a cidade em que nasceu. ``Na década de 70, minha mãe escreveu um poema sobre a chanana que nasceu no pé da cruz, na frente da igreja de Capistrano (município a 110 quilômetros de Fortaleza). Era a coisa mais linda``, recorda-se. Dona Lourdenise Pinheiro Alves corrige o filho. ``Não era bem um poema. Foi uma descrição sobre a chanana que nasceu durante a seca de 70``, lembra a senhora de 91 anos. ``É uma planta que não precisa de ninguém. Resiste à seca. É nativa do nordeste, principalmente do Ceará. Ela enfeita os caminhos, avenidas``, derrete-se em elogios a senhora. Limpeza? Segundo Artur, a Prefeitura Municipal de Fortaleza, ao capinar as vias, retirando todo o verde e a chanana, está prejudicando o crescimento da flora típica do nordeste. Morador da Vila Manoel Sátiro, Artur reclama que as principais vias da periferia da cidade, depois de capinadas, ficam sem vegetação. Só sobra a areia e aumenta a erosão. ``As pessoas que limpam tiram tudo. Ano passado, a avenida (Benjamim Brasil, no bairro Dendê) ficou só areia. Agora, deu uma chuvinha e as flores já saíram``, diz. ``A Prefeitura podia limpar só o capim``, sugere o professor. EMAIS FALTA CONSCIÊNCIA - O diretor do Departamento Técnico de Urbanização (DTU) da Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb), José Wilmar da Silveira Neto, explica que as equipes da empresa são orientadas a não arrancar a chanana e outras plantas nativas ao capinar as ruas da cidade. - "Até o presidente da Emlurb já orientou. Mas às vezes a pessoa que limpa entende que é esteticamente bonito deixar tudo sem nada, sem grama", diz. - José Wilmar, que é engenheiro agrônomo, lembra que fiscaliza constantemente os canteiros centrais e jardins da cidade. - "É complicado, mas sempre que vejo uma equipe retirando as plantas, ligo para o agrônomo da empresa terceirizada e reclamo. Ele deve orientar os funcionários a não fazer isso, mas é difícil passar a consciência que a gente tem para os outros", afirma.
Fonte http://www.opovo.uol.com.br/ acessado em 14 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

CONTRA A INSTALAÇÃO DO ESTALEIRO NA PRAIA DO TITÃOZINHO

Para justificar a nossa posição contrária à instalação do estaleiro na Praia do Titãozinho no Serveluz, em Fortaleza, reproduzimos o artigo do arquiteto Fausto Nilo publicado na edição de hoje, dia 04 de março no Jornal O Povo. Esis o artigo:

"Estaleiro ou vida urbana compartilhada?
Fausto Nilo. Arquiteto e urbanista04 Mar 2010 - 02h15min
As cidades têm características distintas que decorrem da evolução de processos naturais combinados com adaptações culturais. Os resultados desta mistura se traduzem em ruas, edifícios, espaços públicos, pontes, parques, orlas etc. Esses componentes da identidade urbana poderão ser duradouros integrando o inventário de valores, ou não. Cada vez que acrescentamos um novo artefato ao sistema dos espaços urbanos, incrementamos ou subtraímos valor à forma existente. A forma urbana valorizada, matéria principal da técnica urbanística, favorece a imagem da cidade e aumenta suas chances na competitividade econômica do mundo contemporâneo. No âmbito dessa competitividade, as tendências apontam de maneira regular e crescente para os negócios do turismo e sua cadeia relacionada. Por tudo isso, os recursos considerados como sendo aqueles de maior valor estratégico no jogo das competitividades, no caso de cidades costeiras, são suas orlas. São lugares indispensáveis para atrair visitantes em convívio com residentes e, por essa razão, seus usos amigáveis e lucrativos incluem prioritariamente habitações, hotelaria, parques, congressos e convenções etc. Nos dias atuais, uso industrial nas orlas urbanas seria a última hipótese a ser examinada. Há convergências mundiais sobre a necessidade de libertar as orlas da função de ``quintal`` urbano. Isso porque elas favorecem com vantagens os negócios do novo século, principalmente se comparados os volumes de benefícios originados desses negócios com aqueles decorrentes da sucata mecânica do século que passou. O debate sobre a implantação de um estaleiro na praia do Titanzinho mostra que é chegado o momento em que Fortaleza precisa aderir ao padrão universal das boas práticas aplicando as técnicas urbanísticas de controle da alteração de valores com escala estratégica e visão sustentável. Segundo essa visão, um projeto de intervenção no ambiente urbano só deve ser realizado se houver cruzamento balanceado e demonstrável, na obtenção de benefícios econômicos, ambientais e sócio-culturais, a uma só vez. Os estaleiros, juntamente com os portos e suas atividades relacionadas são componentes importantes dos negócios industriais em situação obrigatoriamente costeira. Entretanto, quando situados em zonas de orlas urbanas, não produzem os efeitos cruzados do padrão sustentável. Isso acontece porque predominam entre seus resultados aqueles de caráter econômico. Na literatura urbanística sobre requisitos e efeitos de usos industriais, estaleiros estão classificados como Usos Localmente Indesejáveis. Portanto, se um projeto de estaleiro não pretende comprometer o futuro estratégico do ambiente de uma cidade costeira, a orientação relativa à sua localização será preferencialmente regional e em orla rural. É por demais sabido que alguns usos do solo, ao se agregarem a vizinhanças podem resultar em desigualdade, injustiça, desperdício e até mesmo prejuízos urbanos colossais. Mesmo com a ajuda de recursos tecnológicos atuais, as atividades de um estaleiro resultam em situações perigosas causadas por poluentes, incluindo-se entre estas os restos de cádmio, cromo e chumbo. Por sua própria natureza física, a imagem urbana de um estaleiro com fronteiras fixadas por muralhas não se harmoniza com os espaços públicos de vizinhanças. A poluição sonora é insuportável. O intenso tráfego de cargas produzido pelas atividades relacionadas a ele será inevitável. Ninguém suporta a insalubridade de viver em proximidade de um estaleiro e isso pode ser constatado em todas as situações existentes no mundo. A população fortalezense residente na área de influência da localização pretendida precisa ser informada com clareza sobre a potencial e inevitável alteração negativa de valores que ocorrerá em seus bens materiais e imateriais ao se tornarem vizinhos de um estaleiro naval. Uma vez confirmada a zona do Titanzinho como sítio de implantação do equipamento, gradualmente ela se especializará em um gigantesco distrito industrial pesado de uso único, o grande vilão ambiental das urbanizações metropolitanas. O lamentável paradoxo é que tudo isso ocorre num momento em que a área, com excelência paisagística e alto valor de memória, estaria a demandar exatamente o contrário: livrar-se da penosa destinação de uso do solo industrial. Mais lamentável ainda é que essa proposta do estaleiro venha a ocorrer após tantos recursos investidos no Complexo Industrial Portuário do Pecém, construído exatamente para esse fim. Sobre o bom uso das orlas urbanas, o mundo atual apresenta uma infinidade de bons exemplos. Tomemos apenas o caso de Bilbao, cidade que chegou a ser a mais rica de seu país, por conta de seu porto, da indústria de aço, da mineração e da construção de navios. Hoje, depois de competentes cálculos de alteração positiva de valores sustentáveis, Bilbao é reconhecida por sua audaciosa decisão em promover a renovação urbana dessas áreas. Ela trocou os velhos estaleiros por parques, museu, universidade e transporte avançado, incrementando de maneira notável a atratividade turística da cidade. A partir da remoção já confirmada dos depósitos de combustíveis da zona do Porto do Mucuripe, valeria a pena, isso sim, examinar uma alternativa sustentável de uso do solo para o contexto do Titanzinho: uma vizinhança urbana apoiada na intensidade de intercâmbio, com uma população que pode ser estimada em 40 mil pessoas distribuídas em densidades adequadas. Em conectividade com a Beira Mar reordenada, oferecendo moradias diversificadas em faixas de renda e estilos de vida, suas atividades locais seriam ancoradas em hotelaria, serviços e parques de recreação. O bairro cosmopolita assim formado teria como foco estruturante um porto turístico limpo. Essa obviedade é o que a maioria das cidades costeiras do mundo gostaria de concretizar, mas se sentem impedidas por conta do entulho irremovível de grandes estruturas industriais. Esses bloqueios à regeneração urbana foram implantadas no século da predominância econômica sobre as demandas do ambiente e das pessoas. Seguramente este ainda não é o nosso caso e a oportunidade da escolha ainda é real. "
Fonte: Jornal O POVO edição de 04/03/2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

ESTRADA CHICO SALES

A estrada CE 257, trecho entre Capistrano e Pai João, deveria receber o nome de seu pioneiro, o primeiro prefeito de Capistrano e também ex-deputado Estadual, Francisco Augusto Sales, conhecido por Chico Sales.
A opinião é da professora aposentada Lourdenise Pinheiro Alves, (92) que nos conta com muita propriedade, que a referida estrada foi iniciada na gestão daquele prefeito em 1958, através do DNOCS – Departamento nacional de Obras contra a Seca, naquele ano.
Em entrevista a este missivista, na década de 1980, o ex-prefeito e ex-deputado confirmou esta afirmação da professora. As negociações para uma frente de serviços em Capistrano que beneficiou aquele municípios e os municípios vizinhos, se concentraram em duas grandes obras: A Estrada da Aratuba, que é estrada do Pai João e o Açude Cassacos, no Sans Souci, hoje Carqueija, naquele mnicípio.
Segundo a professora Lourdenise Pinheiro, era propósito do senhor Adolfo Farias, fazer o açude na localidade de Iú, também em Capistrano, mas pesou a localidade de Sans Souci, propriedade de Francisco Nunes Filho, influente político à época.
No final da década de 60 o Senhor Francisco Sales, novamente Prefeito, conseguiu verba para fazer a ponte sobre o rio Pesqueiro, ficando definitiva a estrada até a localidade de Pesqueiro e de lá para o pai João. Com a construção do Açude Pesqueiro, no governo Lúcio Alcântara, a estrada teve que voltar ao seu projeto inicial, uma reta entre Capistrano em Pai João e de lá para Canindé, com uma artéria até Aratuba.
A denominação da estrada de Estrada Chico Sales, seria uma justa homenagem ao nosso primeiro prefeito e iniciador da obra.Fica a sugestão para o Governo do Estado

PRESERVAÇÃO DA CHANANA


ESTA CARTA FOI ENVIADA AOS PRINCIPAIS JORNASI DE FORTALEZA E A FIZ INCENTIVADOA PELA MINHA MÃE, LOURDENISE PINHEIRO ALVES, 92 ANOS DE VIDA

PRESERVAÇÃO DA CHANANA
Os canteiros centrais, calçadas e ruas da periferia de Fortaleza, estão floridos nas manhãs ensolaradas deste período, com a graciosa chanana (Turnera ulmifolia L). Mas esta beleza está com os dias contados, a Prefeitura de Fortaleza não se sensibilizou com a causa da preservação desta planta nativa e decretou a sua extinção. A ordem é extingui-la do nosso solo e deixar os canteiros centrais da periferia, à mercê da erosão, pois não há como plantar flores e muito menos cuidar, regar. Por outro lado, não fosse esta decisão tão drástica, tão catastrófica para a benigna planta, poderíamos ter, permanentemente, flores em nossas ruas, calçadas e canteiros centrais, sem qualquer despesa. Bastaria retirar as outras ervas, que estão ao redor da chanana e teríamos lindos jardins, sem despesa alguma.
Peço ou até suplico à Prefeitura de Fortaleza, para suspender o processo de extinção da chanana e dar nova orientação ao trabalhadores da limpeza de ruas, para preservá-la. Peço também o apoio da imprensa, dos políticos, sobretudo da nossa prefeita e dos vereadores, e de todos os homens e mulheres de boa vontade de nossa cidade, para esta causa tão nobre. A natureza agradece.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

HISTÓRIA DE VIDA DO POVO DE CAPISTRANO

CABOCLO MARINHEIRO
Uma sugestão aos alunos de História de Capistrano que estudam na UVA ou na FELESC-UECE, pesquisar em suas monografias de final de curso, a história de vida de pessoas de nosso município e região. São muitos anônimos que deram uma contribuição significativa para a sua terra, com seu saber específico, sua cultura, sua religiosidade, enfim com sua participação na história local.
Esta lembrança me veio à tona, após comentar com o professor, teólogo, filósofo e arqueólogo amador nas horas vagas, Raimundo Nonato Pinheiro Alves, que reside em Brasília há 40 anos, mas não esqueceu a terrinha.
Lembrava a ele, pelo correio eletrônico, sobre os Marinheiros, citei o nome do Senhores Luiz Marinheiro e Caboclo Marinheiro. O primeiro pai da Cleide, o conheci lá na Carqueija, quando era criança e o segundo o conheci na década de 70, alí na rua Cel Francisco Nunes, vizinho a casa do Zé Maia. Todas as vezes que passávamos em frente a casa dele o papai me dizia: “foi ele que construiu a capela de São João Batista do papai”. Isso ficou na minha memória. Só não sabia era que ele tinha sido o mestre-de- obra da Matriz de Capistrano, ou um deles. Mas foi.
Para reforçar a minha opinião de que os estudantes de História, seja na Graduação ou na Pós-Graduação devem buscar estas fontes, estes temas da história local, tão bem aceitos após o advento da História dos Anales, a Nova História Francesa, que todos são conhecedores, reproduzo o texto que recebi do prof. Nonato sobre os Marinheiros:

"Rapaz, como "havera" eu de não me lembrar dos " marinheiros?"E vou acrescentar mais alguma coisa desses homens para a História arquitetônica de Capistrano. Essas coisas a gente deve registrar, divulgar e valorizar, inclusive, buscar mais dados junto à família e aos amigos - pessoas como a mamãe - que poderão mesmo saber qual a origem desse cognome, desse alcunha familiar:" MARINHEIRO"! Muito importante tocar nesse assunto. Acho até que deveriam fazer uma homenagem póstuma, em especial, para o Caboclo Marinheiro, que construiu a igreja Matriz de Capistrano. Quem conheceu a construção original, com aquelas armações de madeira, o telhado perfeito...e a maquete! Será que ainda existe a maquete? Quem de nós não conheceu a casa do Seu João Firmino na Lagoa Seca? Perfeita! Acho que aquela casa era dele, antes de Seu João mudar pra lá! Não sei se a casa do velho Pierre Aon foi também obra dele! O Homem era um arquiteto, um monstro! (Cadê o trabalho de Arqueologia de Capistrano?) Eu o conheci: era “minhonzinho”, moreno, meio corcunda, fala pouca, mas um semblante comunicativo, um homem fino, educado. Um personagem importante de nossa História municipal, ali da Carqueja, gente nossa, gente como nós: simples, gentil, mujito religioso... eu diria até que, de uma bondade franciscana. Artur, vamos resgatar esses valores humanos, rapaz! Transmita essa singela homenagem que faço aos "Marinheiros" a seus descendentes, - à Cleide, em especial, uma pessoa muito ligada à nossa família, muito querida por todos nós -, mas que não herdaram ou que não usam mais aquele cognome familial. De maneiras que, aí vai o meu recado. Resta fazer uma pesquisa arqueológica,.
Um grande abraço aos nossos heróis MARINHEIROS. Do Nonato.

A minha sugestão aos nossos neo-historiadores,não é daquele tipo “faça o que diga e não faça o que eu faço”, não. Só para ilustrar, minha monografia de especialização foi sobre a História de Capistrano, inclusive publicada em livro; minha dissertação de Mestrado foi sobre a “Diocese”, como era conhecida a Carqueija do entorno da casa de Sr. Pierre, por ter sido desenvolvido um projeto de desenvolvimento comunitário pela Arquidiocese de Fortaleza na década de 60. Agora estou fazendo doutorado e minha tese é sobre os Mestres da Cultra, estudando especificamente o Mestre Sebastião Chicute.
Portanto fica a sugestão e a disposição de contribuir com o desenvolvimento de pesquisas nesta área temática.

CURSOS NORMAL SUPERIOR NO CEARÁ

Transferir o IEC para a UECE
A Câmara dos Deputados aprovou, quinta feira dia 22/10, um projeto de lei que oficializa a necessidade de obter diploma de nível superior para professores da educação infantil, inclusive as creches. Este era um ponto polêmico na LDB, que já determina tal necessidade em seu art. 62, mas admite “como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal”
Diante desta abertura, algumas escolas continuaram oferecendo o Curso Normal Médio, como é o caso do Instituto de Educação do Ceará IEC. Se o projeto de lei for aprovado no Senado e sancionado pelo Presidente da República, então o IEC não poderá mais oferecer o curso de nível médio, restando a opção de oferecê-lo em nível Superior. Para tanto deve ser transformado em Instituto de Ensino Superior de acordo com o art. 63, inciso I da LDB.
É inegável a contribuição histórica que o IEC deu á educação de nosso Estado, especialmente à região metropolitana de Fortaleza. Milhares de professores foram ali formados, numa época em que o ensino superior era de difícil acesso e não era obrigatório para o exercício do magistério no ensino fundamental. Isto tem que ser levado em conta pelas autoridades educacionais de nosso estado.
Diante destes fatos faço uma sugestão inédita ao Governo do Estado: após uma ampla discussão a partir do IEC e da UECE, enviar um projeto de lei à Assembléia Legislativa transferindo o Instituto de Educação do Ceará, para a Universidade Estadual do Ceará. Assim aquela escola poderia continuar seu trabalho de formação de professores, redimensionando o curso Normal Médio, para Normal Superior.
Ganhariam todos com tal medida. A UECE, que ampliaria seu Campus de Fátima, ampliaria o número de vagas em seus vestibulares, o Instituto que continuaria com a sua missão de formar professores e a sociedade cearense que, que teria garantida a existência de uma das escolas mais importantes do estado. Vale salientar que, salvo engano, o curso Normal Superior, não existe, ainda, em nenhuma universidade pública cearense, pois as mesmas optaram por continuar, apenas, com o curso de Pedagogia, pelo menos é o caso da UECE.
Fica a sugestão para os atores envolvidos, o governo e a sociedade cearense discutirem, se acharem conveniente.

Prof. Artur Pinheiro
Professor da UECE
arturpin@yahoo.com.br
ESCRITO EM 23 DE OUTUBRO DE 2009